Picadas de Cobras
Cobras peçonhentas e não peçonhentas

Os répteis mais temidos são, sem dúvida, as cobras. Algumas delas possuem glândulas capazes de produzir peçonha (veneno). Quando a cobra, ao picar sua vítima, injeta-lhe veneno por intermédio de um par de dentes inoculadores, situados na parte superior da boca, dizemos que ela é peçonhenta.

No Brasil, merecem destaque a jararaca, a urutu,a coral-verdadeira (existe a falsa coral, não-peçonhenta) e a cascavel.

Esta caracterizada por uma espécie de chocalho na cauda.
A picada dessas cobras é muito perigosa, pois o veneno pode matar a vítima, se esta não for socorrida a tempo e de modo adequado. Contudo, a peçonha é muito útil na medicina, pois é a partir dela que são feitos os soros para medicar as pessoas picadas por cobras, além de servir para a fabricação de anestésicos e outros medicamentos, as cobras desempenham um importante papel nos ambientes naturais, controlando populações de roedores.

Algumas delas, como a sucuri e a jibóia, mesmo não sendo peçonhentas, oferecem perigo devido ao seu enorme tamanho. Elas enrolam-se em suas presas, apertam-nas e matam, sufocando-As.

As cobras têm visão e audição pouco desenvolvidas, porém percebem muito bem o cheiro (captado pela língua bifurcada), o calor (captado pela fosseta lateral, órgão duplo situado entre as marinas e os olhos) e as vibrações do solo.


As najas, usadas pelos encantadores de serpentes, não dançam. Apenas acompanham os movimentos da flauta, em atitude de defesa, pois, como já foi visto, as cobras escutam muito mal.

A muçurana é uma cobra venenosa, inofensiva ao homem. Ela se alimenta de outras cobras e é imune ao veneno da jararaca e da cascavel.

Desprovidas de pálpebras, as cobras parecem ter os olhos permanentemente abertos. Foi daí que surgiu a crença em seus poderes hipnóticos.

O Instituto Butantã foi fundada em 1899 pelo famoso médico Emílio Ribas. Seu primeiro diretor foi o medito Vital Brasil, que já havia feito importantes estudos a respeito da imunização contra o veneno de cobras. O serpentário do Instituto foi inaugurado em 1914, pelo próprio Vital Brasil. O soro produzido no Butantã é distribuído gratuitamente aos hospitais, por todo o território nacional. Em troca, o Instituto pede apenas cobras venenosas para a produção do soro. O Butantã encarrega-se também da produção de diversos tipos de vacinas: BCG, tríplice, anti-rábica etc.

O soro contra veneno de cobras é obtido injetando doses cada vez maiores de veneno em cavalos, coelhos e carneiros. Aos poucos, o sangue do animal reage e produz substâncias que deixam esse veneno sem efeito. Desse sangue, assim imunizado, é extraído o soro para aplicar nas vítimas das picadas de cobras, como de aranhas e escorpiões, é produzido no Instituto Butantã, em São Paulo.

Picadas de cobra

Há três tipos básicos veneno de cobras:
• Proteolítico e coagulante (de cobras do grupo botrópico, como as jararacas), que provoca dor intensa, inchaço, vermelhidão, arroxeamento e, após 24 horas, bolhas. Sem tratamento adequado, podem ocorrer ainda gangrena na região da picada, vômitos com sangue e hemorragias pelo nariz, gengivas, couro cabeludo e urina.
• Hemolítico e neurotóxico (de cobras do grupo crotálico, como as cascavéis), que acarreta uma sensação de dormência ou formigamento no local e, cerca de uma hora depois, dores musculares (principalmente na nuca) e alteração da visão; além disso, a vítima fica com as pálpebras semicerradas. Há também diminuição do volume de urina, que se apresenta escura. Nos casos mais graves, há riscos de morte por insuficiência renal aguda.
• Neurotóxico (de cobras do grupo elapídico, como as corais verdadeiras), que provoca sintomas locais semelhantes aos desencadeados pelo veneno descrito no segundo item. O adormecimento da área ferida prolonga-se espessa e há dificuldades para engolir e falar. Há sempre risco de morte por paralisia respiratória.

O que fazer
Aja sempre rapidamente, porque o tempo decorrido entre o acidente e a aplicação do soro é fundamental; quanto menor esse tempo, menores as possibilidades de complicações.

1.Se você atender à vítima de imediato ou até meia hora depois, coloque a boca sobre o local da picada e aspire o máximo de sangue que puder. Para facilitar a operação, faça pequenas perfurações em volta do ferimento, com uma agulha, um alfinete ou um espinho.

Atenção: Não aspire o veneno se você tiver algum ferimento na boca. Não engula o sangue que aspira. Não faça cortes profundos no local.

2.Para auxiliar a eliminação do veneno, aplique torniquete ou garrote acima do ferimento. Mas nunca aperte muito, e retire-o logo depois da manobra de sucção.

3.Leve a vítima imediatamente ao hospital ou pronto-socorro mais próximos, mas não permita que ela ande. Se possível, leve também a cobra, para que se possa determinar o soro específico. Se não, memorize as características do animal e a evolução dos sintomas do acidentado; esses dados serão muito úteis para o médico.

Atenção: Se possível, leve a cobra, mas apenas se realmente isso não significar perda de tempo. O mais importante é o tratamento rápido; quando a espécie do veneno é desconhecida, pode ser aplicado um soro antiofídico polivalente, que neutraliza todos os tipos.

 
Ao imprimir documentos pela internet ou de seu computador
procure utilizar os dois lados da folha de papel. Quando você economiza
papel evita que outras árvores sejam derrubadas. Quando for possível use papel reciclado.
Fonte: Comando da Polícia Ambiental do Estado de São Paulo

Pick-upau – 2006 – São Paulo – Brasil
 
 
 
 

 

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