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de Setembro de 2007 - Vitor Abdala - Repórter da
Agência Brasil - Rio de Janeiro - O Ministério
Público Federal entrou com uma ação
civil na Justiça para impedir que a União
renove ou emita novas licenças para a construção
ou operação de instalações nucleares
no país. Na ação, que tramita na 1a
Vara Federal de Angra dos Reis, município onde ficam
as duas usinas nucleares brasileiras, o procurador da República
André de Vasconcelos Dias aponta riscos de catástrofe
nuclear, que ameaçam a segurança da população
e o meio ambiente.
De
acordo com o Ministério Público, sua ação
é baseada em relatórios produzidos nos últimos
30 anos por instituições científicas
e pelos próprios poderes Executivo e Legislativo.
A
Eletronuclear, operadora das Usinas Angra 1 e Angra 2, informou,
por meio de sua assessoria de imprensa, que não irá
se pronunciar sobre a questão da segurança
de suas usinas, porque ainda não teve acesso ao teor
da ação proposta.
O
procurador André Dias informou que outro problema
levantado pela ação é que a Comissão
Nacional de Energia Nuclear (CNEN) não deveria poder
acumular a função de incentivadora da energia
nuclear com a de fiscalizadora dessa atividade. Segundo
o procurador, atuar nas duas frentes inviabilizaria uma
isenção por parte da CNEN.
De
acordo com a assessoria de imprensa da comissão,
não há nenhuma ilegalidade no fato da CNEN
exercer essas duas funções: de promover e
de fiscalizar a energia nuclear. Além disso, a CNEN
conseguiria atuar com total isenção, porque
tem suas funções muito bem definidas.
Sobre
os riscos de catástrofe nuclear, a assessoria da
CNEN informou que não há qualquer risco e
que as instalações de energia nuclear brasileiras
atuam com total segurança.
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