21
de Novembro de 2007 - Alana Gandra - Repórter da
Agência Brasil - Rio de Janeiro - As usinas nucleares
que vierem a ser construídas no Brasil após
Angra 3 irão a leilão. Essa é a perspectiva
que está sendo trabalhada pela Eletronuclear, estatal
que responde pela operação da Central Nuclear
Álvaro Alberto, onde estão as usinas de Angra
1 e 2, no município fluminense de Angra dos Reis.
A
informação foi dada hoje (21) pelo presidente
de Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva. Ele encerrou
o 1º Workshop sobre Geração Nuclear e
a Matriz Energética Brasileira, promovido pela Associação
Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares
(Abdan).
Silva
afirmou que já há consenso no sentido de que
a primeira central será construída no Nordeste,
e que o estado para instalação será
selecionado em 2008. Ele disse que é uma tendência
natural que as novas usinas fiquem na região, e que
razões econômicas favorecem a escolha. “É
o local do país em que o potencial hidrelétrico
se esgota mais cedo, e a gente está muito próximo
do sistema integrado, quer dizer, não vai investir
muito em linhas de transmissão”, disse.
O
presidente da Eletronuclear acrescentou que a central nuclear
do Nordeste será construída de forma a poder,
no futuro, “ter até seis usinas de mil a 1,1
mil megawatts”. Isso, segundo avaliou, “dá
vantagem de escala, gera atividade econômica”.
De
acordo com estudo da Empresa de Pesquisa Energética
(EPE), do Ministério de Minas e Energia, após
Angra 3 está prevista a construção
de duas centrais, sendo uma no Nordeste e outra no Sudeste,
com um mínimo de quatro usinas e o máximo
de oito usinas até 2030, lembrou Othon Luiz Pinheiro
da Silva. Ele prevê para 2017 ou 2018 o início
da primeira usina da central nuclear do Nordeste.
O
projeto de Angra 3 está em processo de licenciamento
ambiental pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que avalia
se o empreendimento tem viabilidade ambiental.