1
de Outubro de 2008 - Alana Gandra - Repórter da Agência
Brasil - Rio de Janeiro - Em nota divulgada hoje (1º),
sobre o Relatório de Auditoria do Tribunal de Contas
da União (TCU), divulgado ontem (30), que apontou
irregularidades em 48 obras públicas, incluindo a
usina nuclear de Angra 3, a Eletronuclear declarou que “não
se pode considerar que exista sobrepreço em um contrato
cujo aditivo para retomada ainda não foi assinado”.
A empresa é a responsável pela administração
e operação das usinas nucleares brasileiras.
O
assessor da presidência da estatal, Leonam dos Santos
Guimarães, esclareceu que, após auditoria
realizada pelo TCU, a Eletronuclear assinou acórdão
emitido pelo tribunal com orientações para
o desenvolvimento da renegociação do contrato
para retomada das obras da usina. “Nós estamos
renegociando o contrato com a empreiteira dentro desses
parâmetros estabelecidos pelo acórdão
do TCU”, disse.
A
expectativa é que essa renegociação
seja concluída ao longo deste mês, para, então,
a Eletronuclear retomar o contrato, em termo aditivo que
passará pela análise do TCU. “Se a avaliação
for positiva, aí, sim, o contrato vai ser assinado”,
ressaltou.
Para
Guimarães, a divulgação de que as obras
de Angra 3 tinham irregularidades, como sobrepreço
ou superfaturamento, foi um mal entendido da imprensa que
não soube compreender o relatório do TCU.
“E nem pode detectar irregularidades, na medida em
que o contrato não existe. Ele não foi firmado
ainda. O que existe em vigor é um aditivo de paralisação.
O que nós estamos agora negociando é um aditivo
para retomar a obra”, reiterou.
A
Eletronuclear destacou, ainda, que “o relatório
que consubstanciou o referido acórdão conclui
que não foram constatados indícios de irregularidade
grave, nas obras da Usina Termonuclear Angra 3, que recomendem
a paralisação do empreendimento”.
As
obras civis da usina estão avaliadas em R$ 1 bilhão.
A previsão para o início da construção
de Angra 3 é abril do ano que vem. A usina deve estar
pronta para entrar em operação em setembro
de 2014. “Essas são as metas que nós
perseguimos. E, até o momento, não existe
razão para dizer que elas não vão ser
cumpridas", disse o assessor da Eletronuclear.