6
de Julho de 2007 - Nielmar de Oliveira - Repórter
da Agência Brasil - Rio de Janeiro - A construção
da usina nuclear de Angra 3, no litoral Sul do estado, permitirá
ao país produzir mais urânio e exportar o produto
enriquecido, afirmou hoje (6) o ministro interino de Minas
e Energia, Nelson Hubner.
Ele
lembrou que o Brasil possui a sexta maior reserva de urânio
do mundo, já domina a tecnologia do ciclo de processamento
e explora apenas 30% da área com potencial para a
ocorrência do mineral. E acrescentou que o governo
"não quer estar associado a um apagão
do setor elétrico, não quer que falte energia
para o país crescer, e pretende manter o mesmo percentual
de energia renovável na matriz para os próximos
anos".
Para
que isso possa continuar a ocorrer, Hubner destacou que
nos próximos leilões serão contratadas
todas as fontes energéticas necessárias: “Nesse
aspecto entra também a energia nuclear. A decisão
pela construção de Angra 3 foi uma boa opção.
Há problemas, claro, nós temos que cuidar
dos resíduos permanentemente. Mas há cerca
de 400 usinas semelhantes à nossa no mundo e nunca
houve problemas".
O
ministro interino informou ainda que o governo federal tentará
mudar a legislação para possibilitar a atuação
da Eletronuclear (subsidiária da Eletrobrás
para a área nuclear) no mercado, como comercializadora
dessa energia, a partir da conclusão de Angra 3.
"Mudaremos o marco legal para que a Eletronuclear entre
nos leilões futuros, competindo com as outras fontes
de energia", disse.
Sobre
o cronograma de retomada das obras de Angra 3, Hubner afirmou
que a Eletronuclear e a Eletrobrás estão analisando
os contratos já existentes, de aquisição
de equipamentos e de serviços, além dos custos.
E que o preço da energia produzida ainda será
definido pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
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