26
de Junho de 2007 - Lourenço Canuto - Repórter
da Agência Brasil - Brasília - Meio Ambiente
foi o único dos nove ministério que compõem
o Conselho Nacional de Política Energética
(CNPE) a votar contra a reativação das obras
da usina nuclear Angra 3, situada em Angra dos Reis (RJ).
A diversidade de fontes energéticas do país
foi o motivo apresentado para o voto contrário.
Em
entrevista concedida à Agência Brasil, a ministra
Marina Silva disse que mantém a posição
contrária pelo Brasil ter outras fontes renováveis
sem "o risco da energia nuclear”.“Se vamos
fazer um investimento de altíssimo custo para uma
fonte que não se sabe o que fazer com os resíduos,
é melhor investir em outras fontes. Essa é
a posição que eu tenho assumido e nós
vamos defendê-la dentro do conselho”, afirmou
Marina.
Os
movimentos ambientalistas apóiam a postura da ministra.
“Será um grande retrocesso uma vez que o mundo
inteiro tem se direcionado para a geração
de energias limpas”, afirma o coordenador da Campanha
de Energia Nuclear do Greenpeace, Guilherme Leonardi. “Países
como a Alemanha, a Espanha e a Suécia, entre outros,
já abandonaram a idéia de usar a energia nuclear
para gerar energia", segundo ele.
Leonardi
opina que a retomada das obras "será desperdício
de recursos públicos, com os quais se poderia gerar
mais energia de outras fontes em menos tempo e sem problemas
com a produção de lixo atômico".
Ele vê na retomada das obras de Angra 3 "o estabelecimento
de uma relação do programa militar brasileiro
que iniciou a usina, com um programa civil, para o suprimento
energético".
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