Em
1969, o biólogo e botânico norte-americano
Robert Harding Whittaker classificou os fungos em um novo
reino denominado Fungi, até então comparados
a vegetais.
Os
fungos, ao contrário dos vegetais, não sintetizam
a clorofila e, portanto não realizam a fotossíntese,
são seres eucariotos, ou seja, possuem núcleos
delimitados por membrana, são unicelulares ou multicelulares.
Possuem parede celular composta principalmente por quitina
e ß-glucanos, ao contrário das plantas que
possuem celulose em sua parede celular. Possuem ribossomos
para a produção de proteínas, mitocôndrias
para produção de energia e outras organelas
constituintes de células eucarióticas.
Os
fungos são heterótrofos, ou seja, não
produzem o seu próprio alimento, para se nutrirem,
absorvem os nutrientes através da parede e membrana
celular. Alguns são parasitas de plantas, animais
e outros fungos.
Sua distribuição é ampla, desde solos,
água e vegetais, até alimentos e seres humanos.
O solo é o grande hábitat dos fungos e a diversidade
de espécies é grande, eles atuam de maneira
fundamental na ciclagem dos elementos da natureza.
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CECFLORA
mantém Seção de Micologia |
A
pesquisa desses microrganismos é importante para
o melhoramento de processos biotecnológicos com aplicação
em várias áreas, com destaque para a produção
de antibióticos. As micorrizas, associação
mutualística entre fungos e raízes de algumas
plantas são essenciais, pois disponibiliza nutrientes
como fósforo, zinco, manganês e cobre para
as plantas, por sua vez, os fungos se beneficiam dos carboidratos
produzidos por elas. Participam também do ciclo do
carbono e outros nutrientes, tornando-os disponível
para outros organismos.
Os fungos patogênicos e oportunistas estão
entre os mais estudados, os mais importantes estão
distribuídos em três filos do reino Fungi:
Zygomycota, Basidiomycota, Ascomycota.
Sobre
a diversidade dos fungos, estima-se que existam aproximadamente
1,5 milhões de espécies, e somente cerca de
69.000 são conhecidas pelos micologistas.
Considerando
a sua importância em diversas áreas e o número
de espécies que ainda não são conhecidas,
torna-se essencial a existência de coleções
e de informações sobre sua diversidade e suas
características, visando criar medidas para sua proteção
e conservação.
Visando
o complemento das pesquisas realizadas pela Agência
Ambiental Pick-upau o CECFLORA – Centro de Estudos
e Conservação da Flora, com financiamento
do Fundo Nacional sobre Mudanças do Clima –
FNMC, do Ministério do Meio Ambiente e patrocínio
da Petrobras, através do Programa Petrobras Socioambiental,
criou a Seção de Micologia.
Da Redação