O
Viveiro Florestal Refazenda tem como objetivo a produção
de mudas nativas, para que sejam utilizadas na arborização
urbana, na restauração de áreas degradadas
e na implantação de sistemas agrosilviculturais.
No viveiro, é realizada a semeadura direta ou indireta
das sementes, que a partir de uma determinada altura começam
a ser adubadas até adquirirem porte adequado para
plantio em local definitivo.
Cada
espécie possui suas características, algumas
sementes podem ser armazenadas por um período maior
de tempo que não perdem a viabilidade, outras precisam
ser semeadas logo após a sua colheita. Algumas
sementes possuem dormência, endógena ou exógena,
como a Canafístula (Peltophorum dubium), o Sansão-do-campo
(Mimosa caesalpiniifolia) e o Mutambo (Guazuma ulmifolia),
e para que germinem é necessário realizar
tratamentos para que esta dormência seja superada,
outras não possuem, como a Pata-de-vaca (Bauhinia
forficata), Dedaleiro (Lafoensia pacari), Paineira (Chorisia
speciosa), Pau-d’alho (Gallesia integrifolia), Piteira
(Senna pendula) e Urucum (Bixa orellana).
Pick-upau/CECFLORA/Divulgação
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Viveiro
Refazenda |
Para
a composição do substrato são utilizadas
terra adubada ou terra de subsolo, matéria orgânica
como esterco curtido, composto e mineral como vermiculita
e fertilizantes, respeitando a quantidade adequada para
que o substrato tenha a porosidade adequada, seja leve,
isento de patógenos e que forneça sustentação
a muda. É necessário ficar atento para a
presença de pragas como cochonilhas, paquinhas,
pulgões, lagartas, formigas, gafanhotos e grilos,
e doenças como ferrugem, tombamento e podridão
de raízes, havendo ocorrência de alguma delas,
realiza-se a catação manual, aplicação
de inseticidas, iscas formicidas e calda bordalesa como
agente fungicida. Após a aclimatação
das mudas com a sua disposição em ambiente
a pleno sol e irrigações menos frequentes,
realiza-se a destinação para o seu local
de plantio.
O Viveiro foi criado a partir do projeto institucional
Refazenda em 2007, pela Agência Ambiental Pick-upau,
possui parceria na forma de financiamento e patrocínio
do Fundo Nacional sobre Mudanças do Clima –
FNMC e do Fundo Nacional do Meio Ambiente – FNMA,
ambos do Ministério do Meio Ambiente; do Banco
Itaú-Unibanco, através do Programa Ecomudança;
do Governo da República da Alemanha; da Petrobras,
através do Programa Petrobras Socioambiental, entre
outros. Atualmente produz mais de cem espécies
florestais de vários biomas brasileiros.
Da Redação