Os
rios Amazonas, São Francisco e Paraná
estão concentrados cerca de 80% da produção
hídrica do país. Estas bacias cobrem
cerca de 72% do território brasileiro, dando-se
destaque à Bacia Amazônica, que possui
cerca de 57% da superfície do País.
Embora
tamanha quantidade de água doce, há
um grave problema de abastecimento no País,
que é devido ao crescimento das localidades
e à degradação da qualidade da
água. O baixo nível tecnológico-organizacional
está em condições primárias
de uso, recebendo a contribuição da
ocupação rural, que aumenta o desmatamento
das bacias hidrográficas.
O
conhecimento das variações de tempo,
espaço das chuvas, descargas dos rios, de fatores
ambientais, sócio-culturais, condições
de uso e conservação dos seus recursos
naturais permitem planejar, evitar ou atenuar os efeitos
do excesso ou da falta de água.
O
Brasil possui a maior disponibilidade hídrica
do planeta, ou seja, 13,8% do deflúvio médio
mundial. Temos elevadas condições de
umidade na maior parte do território nacional,
sendo considerada como a mais densa do planeta.
A
rede hidrográfica brasileira é constituída
por rios navegados em corrente livre e por hidrovias
geradas pela canalização de trechos
de rios, além de extensos lagos isolados, criados
pela construção de barragens para fins
exclusivos de geração hidrelétrica.
Características
da hidrografia brasileira:
-
Rica em rios, mas pobres em lagos;
-
O regime de alimentação dos rios brasileiros
é pluvial, não se registrando a ocorrência
de regimes nival ou glacial. O período das
cheias dos rios brasileiros é no verão,
com algumas exceções no litoral do nordeste;
-
Grande parte desses rios é perene; apenas alguns
que nascem no sertão nordestino são
intermitentes;
-
O destino dos rios brasileiros é exorréico,
ou seja, deságua no mar. Devido ás elevadas
altitudes na porção ocidental da América
do Sul, os rios brasileiros vão todos desaguar
no Oceano Atlântico. Mesmo os que correm para
oeste fazem a curva ou deságuam em outro rio
que irá em direção ao oceano;
-
Aproximadamente cerca de 90% da eletricidade brasileira
provém dos rios. Seu potencial hidráulico
vem de quedas d’água e corredeiras, dificultando
a navegabilidade desses mesmos rios.
Bacias hidrográficas:
O que é?
São
áreas ocupadas por um rio principal e todos
os seus afluentes. Os limites formam as vertentes,
que por sua vez constituem as bacias. Por nosso clima
ser úmido, forma-se uma rede hidrográfica
numerosa e formada por rios com grande volume de água.
Temos
três grandes divisores:
- Planalto Brasileiro;
- Planalto das Guianas;
- Cordilheira dos Andes.
Bacia
Amazônica: É a maior superfície
drenada do mundo. O Rio Amazonas, dependendo da nascente,
é considerado o segundo (6.557 Km) ou o primeiro
rio mais extenso do mundo.
Nasce na planície de La Raya, no Peru, com
o nome de Vilcanota, desce as montanhas, recebendo
os nomes de Ucaiali, Urubanda e Marañón.
No território brasileiro, recebe o nome de
Solimões e, a partir da confluência com
o Rio Negro, próximo a Manaus, é chamado
de Amazonas. Dos seus mais de 7 mil afluentes, os
principais são: Negro, Trombetas e Jari (margem
esquerda); Madeira, Xingu e Tapajós (margem
direita).
A pesca fluvial apresenta um enorme potencial ainda
pouco explorado. Sabe-se da existência de inúmeras
espécies de peixes com aproveitamento econômico
viável.
Bacia
do Tocantins: Com 803.250 Km² de área
ocupada, é a maior bacia em território
nacional. O principal rio é o Tocantins, que
nasce em GO, nas confluências dos Rios Maranón
e Paraná, desaguando na foz do Rio Amazonas.
É aproveitado pela Usina Hidrelétrica
de Tucuruí, PA.
Bacia
do Paraná: Banhando também a Argentina
e o Paraguai. No Brasil ocupa 10,1% da área
do país. O Rio Paraná nasce da união
dos Rios Paranaíba e Grande, na divisa MS/MG/SP;
possui o maior potencial hidrelétrico instalado
no país.
Os principais afluentes do Rio Paraná estão
na margem esquerda: Tietê, Paranapanema e Iguaçu.
Na margem direita, recebe como principais afluentes
os Rios Suruí, Verde e Pardo.
Também utilizada para navegação,
em trechos que estarão interligados no futuro
com a construção de canais e eclusas.
Bacia
do Uruguai: Formada pela a união do Rio Canoas
e Pelotas, na fronteira do Rio Grande do Sul com a
Argentina. Seus principais influentes são:
Rios do Peixe, Chapecó, Ijuí e Turvo.
Tanto para a navegação como para hidrelétrica,
a utilização é pequena em função
da irregularidade da sua vazão e topografia
do terreno.
Bacia
do São Francisco: Nasce em MG, a mais de 1000m
de altitude, atravessa o Estado da Bahia e banha as
divisas dos Estados de Pernambuco, Alagoas e Sergipe.
Possui bom potencial hidrelétrico e nele está
situado a Usina de Paulo Afonso, BA. Atualmente suas
águas estão sendo desviadas para irrigação.
Bacia
do Norte – Nordeste: Por onde correm os rios do Meio
– Norte do país (Maranhão e Piauí),
tais como o Paranaíba, o Gurupi, Pindaré,
Mearim e Itapicuru. Integrante também dessa
bacia os rios intermitentes ou temporários
do sertão nordestino: o Jaguaribe, Acaraú,
Apodi, Piranhas, Capibaribe, e outros.
Bacia
do Leste: É formada principalmente pelos Rios
Jequitinhonha, Doce, Itapicuru e Paraíba do
Sul.
Bacia
do Sudeste – Sul: Entrecortada pelos Rios Ribeira
do Iguape, Itajaí, Tubarão e Jacuí
(que se denomina Guaíba em Porto Alegre). |