São
chamadas assim por virem de fontes naturais ou artificiais,
possuem características químicas, físicas
e físico-químicas que as distinguem
das águas comuns e que, por esta razão,
lhes conferem propriedades terapêuticas.
No Brasil são
levadas em consideração, fundamentalmente,
dois critérios: o das características
permanentes da água (constituição
química) e o das que lhes são inerentes
apenas na fonte (gases e temperatura). Deste modo,
são feitas duas classificações:
uma da água e outra da fonte.
Tipos de água
mineral:
- Água mineral
natural - Obtida diretamente de fontes naturais ou
artificialmente captada de origem subterrânea,
caracterizada pelo conteúdo definido e constante
e sais minerais e pela presença de oligoelementos
e outros constituintes;
- Água natural
- Obtida de fontes naturais ou artificialmente captada,
de origem subterrânea, caracterizada pelo conteúdo
definido e constante de sais minerais, oligoelementos
e outros constituintes, mas em níveis inferiores
aos estabelecidos para água mineral natural;
- Águas Purificadas
Adicionadas de Sais: São aquelas preparadas
artificialmente a partir de qualquer captação,
tratamento e adicionada de sais de uso permitido,
podendo ser gaseificada com dióxido de carbono
de padrão alimentício. Código
de Águas Minerais usa o termo soluções
salinas artificiais.
Aproveitamento Econômico:
Com o surgimento da
indústria e como conseqüência indireta
do modelo de civilização, o tradicional
enfoque que caracterizava a água mineral pelo
aspecto medicinal, foi sendo substituído progressivamente,
sob o impacto da sua comercialização
em larga escala.
Os grandes centros
e a poluição crescente dos mananciais
trouxeram consigo a necessidade do tratamento da água
para consumo humano e, em contrapartida, um mercado
em constante expansão de água mineral
usada como bebida ou complemento alimentar.
Origem:
Duas teorias clássicas
sobre a origem das águas minerais se confrontam
durante muito tempo: a teoria da origem meteórica,
que admite ser a água mineral proveniente da
própria água das chuvas infiltrada a
grandes profundidades; e a teoria da origem magmática,
que explica essas águas a partir de fenômenos
magmáticos como vulcanismo.
A teoria da origem
meteórica considera a água mineral um
tipo particular de água subterrânea cuja
formação resulta da ressurgência
das águas das chuvas infiltradas a grandes
profundidades. Ao defrontar-se com descontinuidades
de estruturas geológicas (falhas, diques, etc.),
impulsionadas pelo peso da coluna de água superposta
e, em certos casos, por gases e vapores nelas presentes,
essas águas emergem à superfície
sob a forma de fontes.
A formação
da água mineral começa na atmosfera
onde, sob a forma de chuva, absorve alguns elementos
do ar. Ao penetrar no solo recebe a influência
da zona não saturada até atingir as
rochas onde sofrerá a última etapa de
sua mineralização.
A teoria de origem
magmática tem como argumento as fontes termais
e as águas ricas em elementos pouco encontrados
nas camadas superiores da Terra. Embora esta teoria
esteja hoje ultrapassada, é admissível
uma origem mista, em que as águas meteóricas,
infiltradas a grandes profundidades, receberiam em
seu percurso a contribuição de água
juvenil proveniente de um veio hidrotermal ou outro
evento magmático, como vulcanismo.
Outra
forma de ocorrência é quando a água
mineral é encontrada em captações
artificiais, como poços ou galerias
Ocorrência - as fontes são a forma mais
comum de ocorrência das águas minerais.
Pode-se definir uma fonte como o resultado da interseção
da superfície freática com a superfície
topográfica.
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