Energia
maremotriz é a utilização da
energia contida no movimento de massas de água
devido às marés. Dois tipos de energia
maremotriz podem ser obtidas: energia cinética
das correntes devido às marés e energia
potencial pela diferença de altura entre as
marés alta e baixa. O aproveitamento é
feito nos dois sentidos: na maré alta a água
enche o reservatório, passando através
da turbina, e produzindo energia elétrica,
na maré baixa a água esvazia o reservatório,
passando novamente através da turbina, agora
em sentido contrário ao do enchimento, e produzindo
energia elétrica.
A desvantagem de se
utilizar este processo na obtenção de
energia é que o fornecimento não é
contínuo e apresenta baixo rendimento. Existem
problemas na utilização de centrais
de energia das ondas, que requerem cuidados especiais:
as instalações não podem interferir
com a navegação e têm que ser
robustas para poder resistir às tempestades,
mas ser suficientemente sensíveis para ser
possível obter energia de ondas de amplitudes
variáveis. Esta energia é proveniente
das ondas do mar. O aproveitamento energético
das marés é obtido através de
um reservatório formado junto ao mar, através
da construção de uma barragem, contendo
uma turbina e um gerador.
Essas centrais de
energia das ondas são de potência reduzida,
situando-se no alto mar ou junto à costa, e
para fornecimento de energia elétrica a faróis
isolados ou carregamento de baterias de bóias
de sinalização.
Enquanto as de potência
média têm interesse apenas econômico.
As gigantescas massas
de água que cobrem dois terços do planeta
constituem o maior coletor de energia solar imaginável.
As marés, originadas pela atração
lunar em conjunto com a temperatura dos oceanos, as
ondas e as marés poderiam proporcionar muito
mais energia do que a humanidade seria capaz de gastar.
Nos países
como a França, o Japão e a Inglaterra
este tipo de energia gera eletricidade. No Brasil,
temos cidades com grandes amplitudes de marés,
como São Luís - Baía de São
Marcos, no Maranhão - com 6,8 metros e em Tutóia
com 5,6 metros. Mas nestas regiões, infelizmente,
a topografia do litoral não favorece a construção
econômica de reservatórios, o que impede
seu aproveitamento.
Na Europa foi construída
uma central de produção de energia das
marés em La Rance (França), a 10 km
da desembocadura do rio Rance no Canal da Mancha.
Neste local a amplitude da maré é de
13 metros. As turbinas da central funcionam quando
enche e quando esvazia o estuário do rio Rance.
Está em funcionamento
desde 1966 e produz cerca de 550 GWh anualmente.
O Centro de Ciência
e Tecnologia da Marinha do Japão estuda formas
de obter energia das ondas do mar. Para tanto, começou
a testar em julho um gerador flutuante que atende
pelo estranho nome de Baleia Poderosa. É uma
balsa que foi ancorada na entrada de uma baía
com sua frente apontada para a direção
das ondas, mede 50 metros de comprimento por 30 de
largura e 12 de profundidade, e é dividida
internamente em três compartimentos, todos cheios
de ar. Trata-se de um sistema engenhoso que converte
a energia das ondas em energia pneumática.
O balanço das ondas faz com que o nível
da água no interior das câmaras suba
e desça sem parar, fazendo-as funcionar como
pistões gigantes. Quando o nível do
mar sobe, a água comprime o ar que é
afunilado na direção de uma turbina,
movendo suas pás e gerando 110 kW de eletricidade.
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