Bugio
(Alouatta fusca)
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Cebidae
Nome científico: Alouatta fusca
Nome vulgar: Bugio
Categoria: Ameaçada
Saiba Mais:
Está entre os maiores primatas neotropicais.
Com hábitos arborícolas é um
animal pouco ativo, se locomove vagarosamente com
o auxílio da cauda preênsil, seu peso
atinge 9 quilos. Quanto ao seu tempo de vida, pouco
se sabe, pois trata-se de um animal que não
se adapta bem ao cativeiro. Gasta mais de 50% de seu
tempo diário em repouso. A maturidade do bugio
é atingida entre um ano e meio a dois anos,
seu período de gestação é
de 100 dias, dando a luz a um filhote por vez. O rugido
é a sua característica mais importante,
um ronco forte que é interrompido e recomeçado
várias vezes durando até 30 minutos.
Costuma ser emitido quando outros grupos se aproximam,
ou com a invasão de outro indivíduo;
como sinal de perigo; marcação de território.
Sua distribuição geográfica é
pela Floresta Atlântica, distribuída
pelos Estados costeiros da Bahia e do Rio Grande do
Sul. Também em Minas Gerais, na Estação
Ecológica de Caratinga.
Macaco-aranha
(Ateles belzebuth)
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Cebidae
Nome científico: Ateles belzebuth
Nome vulgar: Macaco-aranha
Categoria: Ameaçada
Saiba Mais::
Os bandos, movimentam-se em domínio cujos limites
são definidos, podendo haver sobreposição.
Em geral percorrem as mesmas rotas durante o dia,
retornando as mesmas árvores à noite
para dormir. Distingue-se dos outros primatas pelos
membros acentuadamente longos e abdômen dilatado,
que fazem com que se pareça com uma aranha
gigantesca. Dão saltos longos, cobrindo mais
de 10 metros e é comum deixarem-se cair, da
altura de 6 ou 7 metros, para um galho mais baixo.
Os caçadores aproveitam-se deste fato e conseguem
dizimar grande número de macacos, cuja carne
é muito apreciada. Sua distribuição
vai do leste do Rio Negro a norte do Rio Amazonas,
no Suriname e Guiana Francesa, Peru, Colômbia
e Venezuela.
Uacari (Cacajao
calvus)
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Cebidae
Nome científico: Cacajao calvus
Nome vulgar: Uacari
Categoria: Ameaçado
Saiba Mais:
Habita o dossel superior das florestas tropicais,
raramente descendo ao chão. Sua alimentação
é à base de frutas, sementes, brotos
e pequenos animais como pássaros e lagartos.
Seu corpo e cabeça têm até 60
cm e a cauda até 15 cm. Espécie raríssima
que vive nas florestas de terra firme e inundadas
ao norte da Amazônia. As espécies ainda
existentes estão ameaçadas pela caça
e pela exploração de madeira.
Muriqui ou
monocarvoeiro (Brachyteles arachnoides)
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Cebidae
Nome científico: Brachyteles arachnoides
Nome vulgar: Muriqui ou monocarvoeiro
Categoria: Ameaçada
Saiba Mais::
É o maior primata neotropical e só existe
no sudeste brasileiro, restrito a área protegida
de Mata Atlântica. Chama-se carvoeiro porque
tem a cara preta. Tem a cauda maior que o corpo e
a utiliza para agarrar-se aos galhos. O adulto pesa
até 9,5 Kg. Foi reproduzido primeiramente no
centro de primatologia do Rio de Janeiro, da FEEMA
- Fundação Estadual de Engenharia do
Meio Ambiente. Sua ocorrência geográfica
é na região sudeste do Brasil, Mata
Atlântica, Serra do Mar, Serra da Mantiqueira,
Serra da Bocaina etc.
Guariba (Alouatta
belzebul belzebul)
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Cebidae
Nome científico: Alouatta belzebul belzebul
Nome vulgar: Guariba
Categoria: Ameaçada
Saiba Mais::
O gênero Alouatta possui 5 espécies e
21 subespécies. Os guaribas vivem em bandos
de até 45 indivíduos constituídos
por machos, fêmeas e jovens. Possui hábito
diurno. A cauda é muito musculosa com a porção
inferior da ponta desprovida de pêlos e dotada
de grande sensibilidade. Enrola-se firmemente nos
galhos e funciona como um quinto membro, sustentando
o corpo por longos períodos de tempo. Os machos
são completamente negros enquanto que as fêmeas
e filhotes apresentam colorido castanho-oliváceo.
Os guaribas emitem uma série de sons: uivo,
gemidos, etc. Cada som tem um significado: perigo,
um filhote perdido, um companheiro ferido e muito
outros. Quando dois bandos se encontram sua hostilidade
também é mostrada através de
gritos. Sua ocorrência geográfica é
no sudeste do Pará até o limite oeste
na região da Serra dos Carajás e de
Tucuruí. Também nas partes oeste e central
do Maranhão até o rio Mearim.
Uacari-preto
(Cacajao melanocephalus)
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Cebidae
Nome científico: Cacajao melanocephalus
Nome vulgar: Uacari-preto
Categoria: Vulnerável
Saiba Mais:
Habita as partes mais altas das florestas tropicais,
raramente descendo ao chão. Sua cor é
preta, com ventre pardo-amarelado, apresenta diversas
tonalidades no dorso e parte superior da cauda mais
clara. Normalmente ocorre apenas um parto, com um
filhote por ano. Todavia faltam pesquisas neste sentido.
Já em cativeiro, são exigentes a muitas
particularidades ecológicas, para que possam
reproduzir, especialmente quanto ao aspecto ambiental
e nutricional. Sua alimentação é
à base de frutas, sementes, brotos e pequenos
vertebrados. Esses animais são encontrados
em florestas situadas nas margens do rio Negro, rio
Branco e lado esquerdo da bacia do rio Japurá,
sendo o limite setentrional já na Venezuela.
Guigó
ou Sauá (Callicebus personatus)
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Cebidae
Nome científico: Callicebus personatus
Nome vulgar: Guigó ou Sauá
Categoria: Vulnerável
Saiba Mais:
O gênero Callicebus, que em latim significa
macaco lindo, é formado por macacos de médio
porte. São pequenos em relação
aos outros primatas e raramente descem ao solo. Vivem
em pares ou em pequenos grupos familiares de 2 a 5
indivíduos ou são solitários
(machos). Dormem lado a lado em ramos altos e evitam
o encontro com outros primatas. Sua dieta consiste
em 70% de frutos, muitas folhas, sementes macias e
insetos. São hábeis saltadores mesmo
estando com os filhotes nas costas. Boa parte do dia
é utilizada para o descanso. A reprodução
parece não ter época definida, nascendo
um único filhote com aproximadamente 70 gramas
que é carregado pelo pai até o desmame,
que ocorre aos 5 meses. A longevidade é de
13 anos. A ocorrência geográfica desses
animais vai da Bahia até São Paulo.
Calimico (Callimico
goeldii)
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Callimiconidae
Nome científico: Callimico goeldii
Nome vulgar: Calimico
Categoria: Ameaçado
Saiba Mais:
Vivem em pequenos grupos familiares de até
8 indivíduos, existindo cooperação
na criação dos juvenis. A cauda é
muito longa e apresentam garras em todos os dedos
exceto os polegares. A pelagem é completamente
negra e a face está rodeada por uma "juba"
da mesma cor. São quadrúpedes capazes
de efetuar grandes saltos. Possuem um alargado leque
de vocalização para comunicação
entre si. Os casais são monógamos e
o período de gestação é
de 150 a 165 dias. Nasce uma pequena cria com apenas
50 gramas que é amamentada durante 65 dias,
e é transportada pela mãe durante as
duas ou quatro semanas de vida, após esse tempo
esta tarefa é partilhada com o progenitor.
Encontram-se nas florestas tropicais úmidas
da Colômbia, do Peru, da Bolívia e no
Brasil mais especificamente na Amazônia Ocidental.
Estes animais são considerados ameaçados
por causa do tráfico ilegal.
Sagüi-da-serra-escuro
(Callithrix aurita)
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Callitrrichidae
Nome científico: Callithrix aurita
Nome vulgar: Sagüi-da-serra-escuro
Categoria: Ameaçada
Saiba Mais:
Vive em grupos de dois a sete indivíduos com
somente uma fêmea dominante. Os irmãos
mais velhos ajudam no cuidado à prole. Os filhotes,
sempre gêmeos, nascem depois de 144 dias de
gestação e são carregados pelos
pais nas primeiras semanas de vida. Quando atingem
a idade adulta migram para outros grupos para formarem
novos pares. Sua alimentação se baseia
em pequenos frutos, resinas de árvores e insetos.
Estes animais habitam a Mata Atlântica. Sua
distribuição está restrita entre
o leste de São Paulo, sul do Rio de Janeiro
e regiões limítrofes do estado de Minas
Gerais, que é a região industrializada
do país.
Sagüi-de-santarém
(Callithrix humeralifer)
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Callithrichidae
Nome científico: Callithrix humeralifer
Nome vulgar: Sagüi-de-santarém
Categoria: Ameaçado
Saiba Mais:
Raramente adotam a postura bípede. Apóiam-se
nas 4 patas ou deitam- se nos galhos com a cauda pendente.
São tipicamente florestais lembrando os esquilos
pelo seu comportamento e formato do corpo. A alimentação
se baseia em frutos, sementes de girassol, legumes
e ovos. Abrigam-se nos ocos dos troncos, mas não
constroem ninhos. Acostumam-se facilmente ao cativeiro.
Em geral os machos encarregam-se do transporte dos
filhotes pequenos que se agarram aos pêlos do
dorso e às vezes à barriga. É
considerado vulnerável por ocorrer nas proximidades
de vários centros urbanos em plena expansão,
e pela considerável destruição
das florestas na região. A espécie é
endêmica da Amazônia brasileira. Ocorre
ao sul do rio Amazonas, entre o Rio Tapajós,
no leste, até a Vila Braga ao sul, e a oeste
até o rio Canumã.
Sagui (Callithrix
argenatata leucippe)
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Callithrichidae
Nome científico: Callithrix argenatata leucippe
Nome vulgar: Sagüi
Categoria: Ameaçado
Saiba Mais:
Esses animais são encontrados no estado do
Pará, entre os rios Jamaxin e Cupari, afluentes
da margem direita do rio Tapajós, possuem Orelhas
nuas, sem tufos e não pigmentadas assim como
a face. Totalmente branco e sedoso. A cauda e as pernas
podem aparecer com coloração dourada.
Parte inferior branca.
Sagüi-da-serra
(Callithrix flaviceps)
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Callithrichidae
Nome científico: Callithrix flaviceps
Nome vulgar: Sagüi-da-serra
Categoria: Em perigo
Saiba Mais:
Vive em grupos que variam de tamanho entre cinco a
quinze indivíduos com apenas uma fêmea
reprodutiva por grupo. Sua pelagem é caracterizada
por tons cinzentos, pardos e amarelados, com tom bege
mais acentuado na cabeça. Se peso varia de
250 a 600 gramas. A alimentação é
baseada em plantas, insetos, pequenos vertebrados,
ovos de pequenas aves e frutos. Alguns primatólogos
acreditam que o número de primatas ameaçados
pode chegar a 40 espécies, estando algumas
delas, já em estado crítico de ameaça.
Sem dúvida, neste caso podemos enquadrar o
sagüi-da-serra (Callithrix flaviceps) como um
dos Calitriquideos mais ameaçados devido à
destruição e fragmentação
de seu habitat. Sua distribuição geográfica
é pela Mata Atlântica do estado do Espírito
Santo (centro sudoeste e região serrana) e
em pequenas áreas adjacentes à leste
de Minas Gerais e extremo norte do Rio de Janeiro.
Mico-Estrela
(Callithrix penicillata)
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Callithrichidae
Nome científico: Callithrix penicillata
Nome vulgar: Mico-Estrela
Categoria: Ameaçado
Saiba Mais:
Vivem em grupos compostos de 7 a 15 indivíduos,
ocupando amplas áreas, contudo, muitas vezes
desce ao chão para conseguir alimentos. Esses
animais são onívoro, come frutas, flores,
folhas, insetos e pequenos animais. Outro item de
sua dieta é a goma de certas plantas gumíferas.
Tem hábitos diurnos. Geralmente, após
uma gestação de 150 dias nascem dois
filhotes, que recebem cuidados do grupo todo, principalmente
do pai e dos irmãos mais velhos. Tem como predadores
naturais as aves de rapina, irara, entre outros. Vivem
em média de 10 anos. Atinge até 30 cm
de comprimento e tem uma cauda de 35 cm que lhe dá
equilíbrio nas árvores. Habitam cerradões,
florestas semidecíduas, florestas secundárias
e matas ciliares.
Macaco-prego-do-peito-amarelo
(Cebus apella xanthosternos)
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Cebidae
Nome científico: Cebus apella xanthosternos
Nome vulgar: Macaco-pergo-do-peito-amarelo
Categoria: Ameaçada
Saiba Mais:
É mais lento que os outros macacos e portanto
mais suscetível à caça. Possui
hábitos diurnos, preferindo os topos das árvores
e raramente descem ao chão, exceto para obter
algum tipo de alimento. Sua alimentação
é baseada em frutas, vegetais, insetos, pássaros
jovens e ovos. Seu peso varia de 1 a 4 quilos e a
gestação é de 6 meses. Tem uma
longevidade de 40 anos. Quando um filhote se perde
de sua mãe ou por algum motivo se separa dela,
outros do grupo se responsabilizam por seu cuidado.
Esses exemplares podem ser encontrados no Sudeste
da Bahia e um pequeno trecho ao norte de Minas Gerais.
Cuxiú-de-nariz-branco
(Chiropotes albinasus)
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Cebidae
Nome científico: Chiropotes albinasus
Nome vulgar: Cuxiú-de-nariz-branco
Categoria: Ameaçada
Saiba Mais:
Como os demais Cebidae, em vida livre tem apenas um
filhote por ano. Sua dieta compõe-se de frutas,
folhas, sementes e insetos. A cauda é comprida
com pêlos longos e densamente implantados, mostrando-se
grossa e vasta, apesar das vértebras caudais
serem delicadas. Possui uma pelagem inteiramente negra,
focinho com pele vermelho-vivo e pêlos curtos
e brancos, entre e ao redor das narinas, restante
do corpo com pêlos relativamente longos e ásperos.
Habita a região amazônica. Primitivamente
deveria habitar toda a região entre a margem
esquerda do rio Xingu e a margem direita do rio Madeira,
estado de Mato Grosso e Rondônia. Em cativeiro
existe apenas uma única referência a
respeito da reprodução "cuxiu-de-nariz-branco".
Trata-se de um hibridismo intragenérico ocorrido
em 1968 no Zoológico de Colônia, na Alemanha.
Cuxiú-preto
(Chiropotes satanas satanas)
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Cebidae
Nome científico: Chiropotes satanas satanas
Nome vulgar: Cuxiú-preto
Categoria: Vulnerável
Saiba Mais:
É considerado o mais ameaçado dentre
todos os primatas da Amazônia brasileira, pois
ocorre em uma região de colonização
histórica, acentuada mais recentemente pela
implantação da indústria de extração
mineral e do Projeto Grande Carajás. Vivem
em florestas decíduas, alimentando-se de frutas,
flores, folhas e castanhas, medem de 30 a 60 cm, com
cauda de até 50 cm e seu peso é de ate
3,1 Kg.
Cuxiú
(Chiropotes satanas utahicki)
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Cebidae
Nome científico: Chiropotes satanas utahicki
Nome vulgar: Cuxiú
Categoria: Vulnerável
Saiba Mais:
As poucas informações disponíveis
indicam que ocupa preferencialmente florestas de terra
firme. Possui uma alimentação baseada
em frutas, flores, castanhas e sementes. Contem uma
coloração do dorso e da parte externa
do antebraço, predominantemente marrons e o
seu comprimento é de 30 a 60 cm, com cauda
até 50 cm. Se comparada às outras subespécies
não está tão seriamente ameaçado,
mas por ocorrer na área do Projeto Grande Carajás,
suas populações estão potencialmente
vulneráveis. Não existem estimativas
populacionais para a subespécie. Elas podem
ser encontradas distribuída pela Amazônia,
Reserva Biológica de Tapindaré (PA),
Área de Proteção Ambiental Igarapé
Gelado (PA) e Floresta Nacional de Tapirapé-Aquirí
(PA), as duas últimas administradas pela Companhia
Vale do Rio Doce (CVRD).
Mico-leão-da-cara-preta
(Leontopithecus caissara)
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Callithrichidae
Nome científico: Leontopithecus caissara
Nome vulgar: Mico-leão-da-cara-preta
Categoria: Ameaçada
Saiba Mais:
Vivem em grupos familiares de 05 indivíduos,
utilizando ocos de árvores e bromélias
como abrigo. Se comunicam através de assovios
muito agudos que são ouvidos à distância.
Possui uma pelagem dourada no dorso e no tórax,
apresentando face, juba, mãos, pés,
antebraço e cauda pretos. Sua alimentação
consiste basicamente em insetos e frutos. Possuem
uma gestação anual, com nascimento de
02 filhotes. São encontrados na Floresta Atlântica
do estado do Paraná.
Mico-leão-preto
(Leontopithecus chrysopygus)
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Callithrichidae
Nome científico: Leontopithecus chrysopygus
Nome vulgar: Mico-leão-preto
Categoria: Ameaçada
Saiba Mais:
Vivem em grupos de 2 a 7 indivíduos, e à
noite dormem em buracos nos troncos das árvores.
É um primata de pequeno porte. Possui a pelagem
muito abundante e brilhante principalmente ao redor
da cabeça como uma juba, daí o nome
de mico leão. Alimentam-se basicamente de invertebrados,
frutos, sementes, flores e pequenos vertebrados como
rãs, lagartixas, filhotes de aves. A gestação
dura cerca de quatro meses e os nascimentos ocorrem
geralmente à noite, entre os meses de setembro
e novembro, sendo dois filhotes por ano. O período
reprodutivo começa aproximadamente aos 2 anos.
Hoje está restrito à região sul
do estado de São Paulo, compreendendo os municípios
de Teodoro Sampaio e Gália. A espécie
encontra-se protegida no Parque Estadual do Morro
do Diabo/SP, na Reserva Estadual de Caetetus/SP e
na Estação Ecológica do Mico
Preto/SP.
Mico-leão-dourado
(Leontopithecus rosalia)
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Callitrrichidae
Nome científico: Leontopithecus rosalia
Nome vulgar: Mico-leão-dourado
Categoria: Em perigo
Saiba Mais:
Este raríssimo primata possui pelagem cor de
fogo e uma juba em torno da cabeça, o que deu
origem à sua denominação. Seus
pêlos são sedosos, e ao sol adquirem
um belíssimo brilho. À noite abriga-se
em buracos das árvores, anteriormente feitos
por outros animais como o pica-pau etc. Come frutos,
moluscos, insetos e pequenos vertebrados. O recém-nascido
não passa mais que quatro dias pendurado ao
ventre materno, depois disso é o pai quem o
carrega. A mãe só se aproxima para amamentar.
Ela estende os braços e o pai lhe entrega o
filhote que mama durante uns quinze minutos. Atualmente
restam apenas dois locais de preservação
deste animal: a Reserva Biológica de Poço
das Antas e a Reserva Biológica União,
ambas no município de Silva Jardim - RJ.
Mico-leão-da-cara-dourada
(Leontopithecus chrysomelas)
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Callithrichidae
Nome científico: Leontopithecus chrysomelas
Nome vulgar: Mico-leão-da-cara-dourada
Categoria: Ameaçada
Saiba Mais:
É um animal com dieta frugívora - insetívora,
sendo que os frutos compreendem mais de 70% de sua
alimentação na primavera. Tem a cor
dourada apenas na face, nuca e dorso dianteiro, pelagem
negra brilhante cobrindo todo o corpo. Pele do rosto,
planta dos pés e mãos são pretas.
A espécie é exclusivamente brasileira,
ocorre na Mata Atlântica do sul da Bahia, mais
precisamente na Reserva de UNA. O comércio
ilegal e o desmatamento são as principais ameaças
à espécie, a qual faz parte de um programa
internacional para o manejo e recuperação
das quatro espécies de mico leão.
Parauacu-branco
(Pithecia albicans)
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Cebidae
Nome científico: Pithecia albicans
Nome vulgar: Parauacu-branco
Categoria: Ameaçada
Saiba Mais:
É uma das menos conhecidas espécies
de primatas endêmicas do Brasil. A espécie
se encontra entre as maiores do gênero, vivem
em grupos de 2 a 5 indivíduos. A espécie
utiliza os níveis mais altos da floresta, do
médio ao alto dossel, se locomovendo em posição
quadrúpede, intercalada por longos saltos.
São inativos durante grande parte do dia. Sua
dieta inclui frutos (polpa e arilo), sementes e artrópodes
(larvas de lepidópteros, aracnídeos
e himenópteros). São capazes de consumir
uma certa quantidade de folhas durante o período
de escassez de frutos. Podem ser encontrados na Amazônia,
na Reserva Biológica de Abufari-AM que está
localizada no limite leste de sua área de distribuição,
possivelmente em partes da Reserva a oeste do rio
Purus. É ainda provável a sua ocorrência
na Floresta Nacional de Tefé-AM.
Sagui-de-duas-cores
ou Souim-de-coleira (Saguinus bicolor)
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Callithrichidae
Nome científico: Saguinus bicolor
Nome vulgar: Sagüi-de-duas-cores ou Souim-de-coleira
Categoria: Em perigo
Saiba Mais:
Alimentam-se de répteis, insetos, pequenos
mamíferos, aves, lesmas, ovos, alguns vegetais,
frutas e goma das árvores. Não mudam
de parceiros, apresentam organização
social, disputam a liderança em lutas violentas
e o grupo é comandado por um casal dominante.
Os pais ensinam os filhos a se alimentar, servem de
modelo nas funções de cópula,
caça e cuidado parental. São ágeis,
inteligentes e muito apreciados como bichos de estimação.
Possui coloração preta, na região
dorsal castanho e na região interna das pernas
dourada. Sua cauda é grande em relação
ao corpo. Saltam com facilidade devido à forte
propulsão dos membros posteriores. Podem descer
ao solo à cata de insetos e para beber água.
Vida média 10 anos na natureza, 18 em cativeiro.
Média de dois filhotes por parto. Abrigam-se
em troncos ocos e podem repetir o mesmo percurso todos
os dias na mata. Habitam as florestas da América
Central e do Sul, sendo que das 35 espécies
existentes 25 são brasileiras.
Bigodeiro
(Saguinus imperator)
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Callithrichidae
Nome científico: Saguinus imperator
Nome vulgar: Bigodeiro
Categoria: Ameaçada
Saiba Mais:
Vivem em grupo de até seis indivíduos,
abrigam-se nos ocos dos troncos, mas não constroem
ninhos. Possuem domínios definidos e os bandos
instalam-se nas proximidades das fruteiras. Raramente
saltam de uma árvore para outra, mas atravessam
com agilidade as pontes formadas pelos ramos. Suas
garras são utilizadas para subir nos troncos
e para retirar insetos e larvas do interior dos galhos
das árvores. Em geral os machos encarregam-se
de transportar os filhos pequenos que se agarram aos
pêlos do dorso e às vezes da barriga.
Na natureza alimentam-se de frutas, vegetais, ovos
e insetos. Em cativeiro frutas, carne, ovos e insetos.
A gestação é de quatro a cinco
meses. Desmame ocorre em dois meses. Nascem dois filhotes.
Esses animais são encontrados em florestas
tropicais.
Mico-do-cheiro
(Saimiri vanzolinii)
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Cebidae
Nome científico: Saimiri vanzolinii
Nome vulgar: Mico-do-cheiro
Categoria: Ameaçada
Saiba Mais:
Vivem em bandos de mais de 100 indivíduos,
sempre inquietos, caminhando ou correndo sobre os
ramos das árvores. Eles são considerados
um dos macacos mais ágeis e peculiares, pois
apanham insetos pelas asas. Durante o dia escondem-se
ao menor sinal de alarme emitindo gritos agudos de
advertência. São mais ativos pela manhã
quando saem em busca de alimentos. Alimentam-se de
sementes e frutos, além de pequenos vertebrados
e invertebrados, freqüentemente os macacos-de-cheiro
observam as aves se aninharem, e quando os ninhos
não estão sendo vigiados, roubam os
ovos. São Animais graciosos, com pelagem curta,
variando de verde oliva a laranjado; ponta da cauda
preta apresentam máscara facial branca ao redor
dos olhos e preta em volta do nariz e da boca. Com
freqüência põem-se de pé,
em posição ereta. Estão distribuídos
da Costa Rica para o sul, até o limite meridional
da floresta amazônica. Cerca de 25 mil são
exportados anualmente, da América do Sul e
Central, aumentando o risco de extinção.
Zogue-zogue
(Callicebus moloch moloch)
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Cebidae
Nome científico: Callicebus moloch moloch
Nome vulgar: Zogue-zogue
Categoria: Ameaçado
Saiba Mais:
Alimentam-se de frutas, folhas, sementes e insetos.
Apresenta o período de vida de 13 anos. Ocorre
no Amapá.
Guariba (Alouatta
caraya)
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Cebidae
Nome científico: Alouatta caraya
Nome vulgar: Guariba
Categoria: Ameaçada
Saiba Mais:
Vive em bandos de sete indivíduos em média,
pouco ativo, passa a maior parte do dia em repouso.
O grupo é liderado pelo macho mais velho, chamado
de capelão, que é responsável
pela segurança do grupo. Sua pelagem é
marrom escura, próxima do preto, e uma barba
reveste o queixo. As fêmeas e os filhotes são
bem mais claros, cor de palha. Com as fêmeas,
após seis meses de gestação,
nasce apenas um filhote, que fica sob os cuidados
da mãe por cerca de um ano. Sua alimentação
é composta basicamente de folhas e frutos.
Esses animais vivem em média de 16 anos. Habitam
ambientes florestais, incluindo matas ciliares e o
cerradão. É um dos maiores primatas
do continente, o macho chega a pesar 8 kg e as fêmeas,
por volta de 4,5 kg. Se reproduzem durante o ano todo,
mas o período mais comum é entre Agosto
e Outubro.
Macaco-da-noite
ou Jurupará (Poto flavus)
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Procyonidae
Nome científico: Poto flavus
Nome vulgar: Macaco-da-noite ou jurupará
Categoria: Ameaçada
Saiba Mais:
Animal estritamente noctívago é o único
macaco noturno do planeta. A alimentação
baseia-se em frutos, folhas, sementes, flores e pequenos
vertebrados. Possui uma longevidade de 20 anos e tem
olhos arregalados, para enxergar melhor à noite.
Habita as regiões florestadas, nas vizinhanças
dos grandes rios, e passa a maior parte do tempo nas
árvores, dorme durante todo o dia escondido
num oco de árvores, saindo apenas à
noite.
Macaco-aranha-preto (Ateles paniscus)
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Cebidae
Nome científico: Ateles paniscus
Nome vulgar: Macaco-aranha-preto
Categoria: Ameaçado
Saiba Mais::
O tamanho médio dos grupos é de aproximadamente
18 indivíduos. Tem apenas um filhote por ano
que é completamente dependente da mãe
até os 10 meses. Tem um peso médio de
7,7 kg para fêmeas e os machos 10kg aproximadamente.
Vivem exclusivamente em florestas altas, ocupando
preferencialmente os níveis superiores do dossel
e nas árvores emergentes. Em cativeiro, tem
um comportamento agitado. Considerando-se seu tamanho
e a especialização locomotora, esse
comportamento é provavelmente predominante
ao longo de toda sua área de distribuição,
que ocorre no nordeste da Amazônia, ao norte
do rio Amazonas e a leste do rio Negro A vocalização
é emitida somente por machos e pode ser ouvida
a 500 metros. É usada como uma chamada de alarme
e também para localização dos
alimentos.
Macaco-barrigudo
(Lagothrix lagotrichia)
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Cebidae
Nome científico: Lagothrix lagotrichia
Nome vulgar: Macaco-barrigudo
Categoria: Não consta
Saiba Mais:
O macaco barrigudo desloca-se com rapidez incrível
e pode dar saltos espetaculares de uma árvore
para outra. No chão adota posição
bípede com a cauda voltada para cima. Vive
só ou em bandos, às vezes encontrado
na companhia de macacos aranha ou bugios. São
diurnos e vivem em grupos de 12 ou mais indivíduos.
Seu nome vulgar se refere à barriga proeminente.
A pelagem é curta e espessa, podendo ir do
cinza ao preto com orelhas pequenas e cabeça
redonda, inteiramente coberta dos mesmos pêlos
curtos. E são distribuídos pela região
amazônica, especialmente no Rio Tapajós
e leste do Rio Negro. Também é encontrado
na Colômbia e Peru.
Macaco-prego
(Cebus apella robustus)
Classe: Mamalia
Ordem: Primates
Família: Cebidae
Nome científico: Cebus apella robustus
Nome vulgar: Macaco-prego
Categoria: Vulnerável
Saiba Mais:
É um dos macacos mais valiosos no mercado clandestino
de animais silvestres. Alimenta-se de frutas e são
encontrados desde o sul da Bahia até o Espírito
Santo. Está vulnerável devido à
degradação do seu hábitat e à
caça predatória.
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