Saiba o que aconteceu
nas reuniões realizadas em março de 2006
na cidade de Curitiba, Paraná.
Conama recomenda plano de áreas protegidas ao
governo brasileiro
Adir Nasser Junior / 19h30min
Curitiba (PR) / 16.03.2005 - A 47ª Reunião
Extraordinária do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(Conama), realizada hoje no Museu Oscar Niemeyer, em
Curitiba, aprovou uma recomendação ao
Governo Federal para a criação do Plano
Nacional de Áreas Protegidas (PNAP).
Hoje, 8% do território brasileiro é constituído
por parques, reservas e estações ecológicas.
Com o Plano, seriam valorizadas também áreas
indígenas e de quilombolas e ainda haveria mecanismos
para, simultaneamente à conservação,
serem realizadas atividades de combate à pobreza.
Isto se daria por meio do uso sustentável dos
recursos, valorização do conhecimento
tradicional das comunidades e dos produtos da biodiversidade.
Com a implementação
do PNAP, o governo terá criado seu instrumento
de preservação da biodiversidade, segundo
o que determinou a 7ª Conferência das Partes
da Convenção sobre Diversidade Biológica
(COP7), pelo qual os países-membros se comprometiam
a realizar atividades coordenadas sobre áreas
protegidas a fim de frear o decréscimo da taxa
de biodiversidade, que hoje é de 100 vezes maior
que as taxas naturais. “O plano segue determinações
da Convenção, que prevê que até
2015 os países estabeleçam planos para
conter a redução da biodiversidade”, informou
o diretor do Conama, Nilo Diniz.
A principal crítica
ao plano foi feita pela Confederação Nacional
da Indústria (CNI). A conselheira representante
da entidade, Patrícia Boson, disse que o setor
empresarial não fora ouvido na elaboração
da proposta e que, por outro lado, ele não se
constituiria num plano, já que faltariam elementos
como metas. Pela proposta, estes detalhamentos só
entrariam após um levantamento de representatividade
a biodiversidade brasileira.
Conforme Iara Vasco, gerente de Articulação
Institucional da Diretoria do Programa de Áreas
Protegidas do Ministério do Meio Ambiente, as
metas do Brasil só serão traçadas
num segundo momento do plano, juntamente com os mecanismos
de ação. A base para os estudos de áreas
de conservação será o conjunto
atual de remanescentes de biomas e áreas prioritárias
para a biodiversidade; contudo, atualmente, não
há um estudo consolidado. De acordo com Iara,
o que se sabe é que entre áreas de preservação
permanente, unidades de conservação e
áreas indígenas somam 40% do território
brasileiro.
Assessoria de Imprensa
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