A
indústria constitui, sem dúvida, o setor de
atividade mais poluidor da água. Nos circuitos de
produção, a água é utilizada
como dissolvente ou reagente químico, na lavagem
(com adição de detergentes), na tinturaria
e no arrefecimento, acabando forçosamente por se
poluir, e de frequentemente, tal maneira que se torna imprópria
para quaisquer usos.
Com elevadas cargas orgânicas, químicas e substancias
tóxicas e, por isso extremamente venenosa, essa água
é lançada, direta ou indiretamente, nos rios,
ribeiras, lagos e albufeiras, onde provoca graves desequilíbrios
ecológicos, com a morte de muitas espécies
aquáticas e anfíbias.
Por outro lado, infiltrando-se no solo, vai envenenar as
águas subterrâneas, cujas consequências
para a saúde pública são fáceis
de adivinhar.
Saliente-se ainda que se a poluição de um
rio ou ribeira podem ser combatidos eficazmente em alguns
anos, as toalhas subterrâneas, que se renovam muito
lentamente, podem manter-se contaminadas durante dezenas
ou mesmo centenas de anos.
Nos países industrializados, como os Estados Unidos,
França, Alemanha, Bélgica, Itália,
Reino Unido e outros, muitos rios e lagos e respectivas
margens constituem autênticas fossas a céu
aberto.
Com forte teor de cianetos, amónio, nitratos e detergentes,
tornaram-se biologicamente mortos, já que ali a vida
deixou simplesmente de existir. |