O RIO
Navegar desde as geleiras
até o oceano: parece um feito impossível;
no entanto, como se vê na foto, botes leves e ágeis
podem navegar ao longo dos trechos mais rápidos e
impetuosos dos cursos de água. Chegando à
planície, porém, as águas se acalmam
e a navegação pode continuar sem qualquer
dificuldade.
Via de comunicação incomum e esportiva: apenas
mais um dentre os inúmeros serviços prestados
pelos rios.
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TERMOS
ESPECÍFICOS
Rio: curso de água
que se forma naturalmente, alimentado pelas águas
subterrâneas (fontes), pelas chuvas ou, ainda, pelo
derretimento das geleiras nas montanhas. Raramente secam.
Nascente: lugar onde o rio "nasce" ou se
forma (fonte, ponto de confluência de vários
cursos de água, extremidade inferior de uma geleira).
Bacia hidrográfica: conjunto de terras drenadas
por um rio principal e seus afluentes.
Leito: sulco (escavado pelas águas) que orienta
o curso do rio.
Descarga ou debito fluvial: quantidade de água
que passa em determinado ponto do rio numa unidade de tempo.
O rio Amazonas, por exemplo, tem uma descarga de 180.000
m³/s; isso significa que, no momento e no ponto em
que foi efetuada a medida, passava esse numero de metros
cúbicos de água a cada segundo. Naturalmente,
a descarga varia, no mesmo rio, de um ponto para outro;
assim, pode-se distinguir entre uma descarga mínima
(de seca), uma maxima (de cheia) e uma media. De qualquer
modo, porem, quando se fala simplesmente em descarga entende-se
a "descarga" media, medida na foz ou desembocadura
do rio.
Afluente: curso de água que desemboca no rio
principal.
Foz: ponto em que o rio desemboca no mar.
Milhares de anos antes de
Cristo, a civilização chinesa pôde desenvolver-se
graças à presença de dois grandes rios,
o Yang-tsé Kiang e o Huang-Ho, que constituíam
uma inesgotável reserva de água para a agricultura
e uma fácil via de comunicação. Pelas
mesmas razoes, o Indo e o Ganges contribuíram para
o desenvolvimento da civilização hindu, da
mesma forma que o Tigre e o Eufrates favoreceram os antigos
impérios mesopotâmicos no Oriente Médio.
Finalmente, no Egito dos faraós, o Nilo era tão
importante que o veneravam como se fosse uma divindade.
A importância dos rios certamente não diminuiu
com o passar dos séculos. É dos rios, ainda,
que a civilização industrial moderna obtém
água para acionar os geradores das usinas hidrelétricas,
encher os aquedutos das cidades, os canais de irrigação
dos campos; os trechos navegáveis são ate
hoje uma via de comunicação insubstituível.
Com o aperfeiçoamento da tecnologia, tornam-se cada
vez mais freqüentes e drásticas as intervenções
do homem no sentido de modificar o curso dos rios, de modo
a melhor aproveitar suas águas. Enfim, a presença
de um rio constitui um imenso potencial que o homem utiliza
de muitas e variadas maneiras. O esquema da figura ilustra
apenas algumas das principais.
1. Quando o curso
de um rio é barrado por meio de um dique, forma-se
uma grande bacia, cujas águas podem alimentar
uma central hidrelétrica.
2. As industrias utilizam grandes quantidades de água
para funcionar. As centrais nucleares, que produzem
energia elétrica, por exemplo, empregam a água
(geralmente dos rios) como liquido de resfriamento. |
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3. O rio, porem,
pode ser um obstáculo às comunicações,
tornando-se necessário ligar suas margens por
meio de pontes.
4. Certos trechos dos rios são aproveitados
também para navegação com fins
turísticos.
5. Tanto a água potável para os habitantes
das cidades como a água para as industrias
e fornecida pelos rios, em abundância. Um porto
fluvial, bem protegido, permite a atracação
de navios e batelões.
6. As águas poluídas da cidade são
purificadas antes de serem lançadas novamente
nos rios.
7.9. Por meio de canais artificiais, a água
do rio irriga os campos, com o objetivo de melhorar
a produção agrícola. A abundância
de água e indispensável para o crescimento
do arroz, um cereal que constitui a alimentação
básica de centenas de milhões de pessoas.
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8.12.14.15.16.
Para as mercadorias mais pesadas e volumosas (por
exemplo, carvão, areia, minérios, etc),
o transporte por via fluvial ainda é o mais
conveniente. Para permitir esse tráfego é
necessário realizar algumas obras nos rios,
tais como canais artificiais nos trechos onde o leito
é pouco profundo e eclusas para superar os
trechos onde o declive excessivo torna a corrente
muito rápida. Por outro lado, as águas
dos rios podem ainda ser usadas diretamente para transportar
troncos de arvores, desde as florestas ate as serrarias
onde serão trabalhados.
10. Até o século passado, toda a farinha
de trigo era moída por mós acionadas
pelas rodas dos moinhos de água. Embora em
menor numero, muitos moinhos desse tipo continuam
funcionando ate hoje.
11.17. Em criações artificiais ou, particularmente,
nos braços quase parados dos deltas, as águas
dos rios hospedam varias espécies de peixes
(chamados "de água doce"), que representam
um importante recurso para a alimentação
da humanidade.
13. As águas dos rios transportam areia e cascalho,
que depositam pouco a pouco no fundo do leito. Esse
material pode ser recolhido e usado na industria da
construção civil. |
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DOIS
TIPOS DE FOZ
Em seu curso, as águas
dos rios transportam quase sempre uma grande quantidade
de detritos. Se as águas correm calmas, os detritos
depositam-se no fundo do rio; isso ocorre principalmente
perto da foz, se as águas do mar também são
tranqüilas. Com o tempo esses detritos acumulam-se,
formando faixas de terra, ilhas e ilhotas que obrigam o
rio a dividir-se em vários braços. Este tipo
de foz é chamado de foz em delta, porque forma um
triângulo que se assemelha à quarta letra do
alfabeto grego (? = delta), maiúscula. Quando, ao
contrario, o rio se lança em um mar de águas
impetuosas, os detritos que ele transporta e deposita próximo
à foz não chegam a se acumular, pois são
espalhados em todas as direções. Nesse caso,
o rio não forma um delta: sua foz assume uma forma
característica de funil, no qual as águas
do rio e do mar misturam-se continuamente. Esse tipo de
foz recebeu o nome de estuário, derivado da palavra
latina aestus, que significa revolvimento, agitação
das águas.
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RIOS
MAIS EXTENSOS
OS
RIOS MAIS EXTENSOS (km) |
ÁFRICA |
Nilo-Kagera |
6.650 |
Congo |
4.700 |
AMÉRICA
DO SUL |
Amazonas-Ucayali |
6.437 |
Paraná-Rio da Prata |
4.000 |
Purus |
3.380 |
AMÉRICA
DO NORTE |
Mississippi-Missouri-Red Rock |
6.020 |
Mackenzie |
4.241 |
ÁSIA |
Ienissei |
5.540 |
Yang-tsé Kiang |
5.494 |
AUSTRÁLIA |
Murray-Darling |
3.780 |
EUROPA |
Volga |
3.690 |
Danúbio |
2.850 |
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RIOS DE MAIOR DESCARGA
OS
RIOS DE MAIOR DESCARGA (m³/s) |
ÁFRICA |
Congo |
41.000 |
Kasai |
10.000 |
AMÉRICA
DO SUL |
Amazonas |
180.000 |
Rio da Prata |
22.000 |
Tocantins |
10.000 |
AMÉRICA
DO NORTE |
Mississippi |
18.000 |
Mackenzie |
11.000 |
ÁSIA |
Yang-tsé Kiang |
34.000 |
Ienissei |
19.000 |
AUSTRÁLIA |
Murray |
Irregular |
EUROPA |
Volga |
8.000 |
Danúbio |
7.000 |
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