TRANSGÊNICOS,
AINDA UM MISTÉRIO.
Este assunto já é
comum em todos os veículos de comunicação
desde 2000. Os transgênicos tem sido motivo de intermináveis
discussões entre ambientalistas, institutos de pesquisas,
empresas produtoras e governos. Enquanto isso, grande parte
da população ainda não sabe o que é,
nem tampouco por que existem os tais produtos.
E é exatamente isso que a população
deve ter conhecimento sobre esta novidade, para isso a fizemos
um breve estudo sobre o assunto afim de podermos compreender
junto com o restante da população que caminhos
tomaram as pesquisas, os produtos, as campanhas e as leis.
O que mais nos intriga é que ao mesmo tempo inúmeras
descobertas são feitas a respeito de transgênicos,
no entanto, as perguntas básicas ainda não
podem ser respondidas com total afirmação.
Além de procurar saber mais sobre o assunto, a população
pode exigir do governo federal a realização
de estudo prévio do impacto ambiental e a avaliação
da segurança desses alimento em relação
à saúde humana. Para isso, podem apoiar projetos
de lei por uma moratória (já foi apresentada
ao Congresso Federal) a fim de termos tempo para realizar
as devidas pesquisas. Vale lembrar que substâncias
e tecnologias responsáveis por grandes catástrofes
ambientais e de saúde contaram com a aprovação
de respeitáveis cientistas, o DDT, a talidomida,
o CFCs, enfim, adotar uma postura de precaução
com certeza não irá causar mal algum.
CRONOLOGIA DOS TRANSGÊNICOS
Criação da CTNBio - Comissão Técnica
Nacional de Biossegurança
junho de 1996
É criada a CTNBio
- Comissão Técnica Nacional de Biossegurança
- órgão do Ministério da Ciência
e Tecnologia com a função de examinar a segurança
dos organismos geneticamente modificados. Cabe à
CTNBio emitir pareceres. A autorização de
comercialização para uso humano, animal ou
em plantas e para liberação no meio ambiente
de organismos geneticamente modificados deve ser emitida
por três ministérios - Agricultura, Saúde
e Meio Ambiente. De 1997 a 1999 a CTNBio deferiria mais
de 800 pedidos de liberação de organismos
geneticamente modificados no meio ambiente.
Protesto do Greenpeace
em Santa Catarina
14 dezembro de 1997
Uma equipe internacional
de ativistas do Greenpeace bloqueia, no Porto de São
Francisco do Sul, em Santa Catarina, o desembarque de um
carregamento de soja geneticamente modificada - o primeiro
a ter sido autorizado pela CTNBio - vindo dos Estados Unidos.
Os ambientalistas invadiram o barco e colocaram uma faixa
com os dizeres: "Frankensoja: não engula essa!".
Polícia aprende
soja transgênica
fevereiro de 1998
A partir de denúncia
anônima, a Polícia Federal encontra sementes
de soja transgênica no aeroporto de Passo Fundo (RS).
Os responsáveis não são identificados;
a suspeita é de que o produto teria tido origem na
Argentina.
Embrapa tem parceria
com Monsanto
26 de abril de 1998
Em seu 25º aniversário,
a Embrapa destaca dentre suas parcerias o acordo assinado
com a Monsanto, que possibilitará o plantio de uma
variedade de soja modificada geneticamente para apresentar
resistência ao herbicida glifosato, largamente utilizado
na cultura para o combate de pragas que a atacam. Os testes
estão em andamento no Paraná.
Empresa pede liberação
para soja transgênica
junho de 1998
Monsanto envia à
CTNBio pedido de liberação do cultivo comercial
da soja transgênica. A soja Roundup Ready é
objeto do primeiro pedido para uso em escala comercial -
até então todos os pedidos haviam sido para
cultivo experimental.
ONG exige rotulagem para
produto transgênico
24 de julho de 1998
A 6ª Vara da Justiça
Federal de Brasília, deferindo parcialmente liminar
impetrada pelo Greenpeace - que reivindicava suspensão
da comercialização de óleo feito a
partir de soja transgênica, produzido pela Ceval -
determinou que a Associação Brasileira de
Óleos Vegetais (Abiove) modificasse os rótulos
de todos os óleos feitos a partir de sementes de
soja transgênica, para que as embalagens trouxessem
informações sobre a composição
do óleo e sobre os riscos à saúde.
A autorização para comercialização
do óleo de soja transgênica havia sido dada
à Ceval pela CTNBio em setembro de 1997, quando foram
importados 1,5 milhão de toneladas de soja dos EUA
- 15% desse produto era geneticamente modificado.
Justiça Federal
concede liminar ao Idec
16 de setembro de 1998
A 11ª Vara da Justiça
Federal, aplicando o princípio da precaução
(2), concede liminar ao Instituto de Defesa do Consumidor
(Idec), proibindo a União de autorizar o plantio
comercial de soja transgênica enquanto não
regulamentar a comercialização de produtos
geneticamente modificados e 2)- O princípio de precaução
consta do artigo 225 da Constituição Federal
brasileira. Uma definição ampla de princípio
de precaução foi formulada em uma reunião
realizada em janeiro/ 98 em Wingspread, EUA, com a participação
de cientistas, advogados, legisladores e ambientalistas.
O princípio pode ser resumido da seguinte forma:
"quando uma atividade representa ameaças
de danos ao meio-ambiente ou à saúde humana,
medidas de precaução devem ser tomadas, mesmo
se algumas relações de causa e efeito não
forem plenamente estabelecidas cientificamente".
Dentre os principais elementos do princípio figuram:
a precaução diante de incertezas científicas;
a exploração de alternativas a ações
potencialmente prejudiciais; a transferência do "ônus
da prova" aos proponentes de uma atividade e não
às vítimas ou vítimas em potencial
daquela atividade; e o uso de processos democráticos
na adesão e observação do princípio
- inclusive o direito público ao consentimento informado.
(2) A polêmica dos
transgênicos viria a ocupar o centro dos debates da
51ª Reunião Anual da SBPC, realizada em julho,
em Porto Alegre. Nessa Reunião, a SBPC reiteraria
a proposta de moratória para a liberação
comercial dos alimentos transgênicos.
Transgênicos já
estão no Brasil
21 de junho de 2000
Transgênicos já
fazem parte da alimentação dos brasileiros,
testes realizados pelo Greenpeace e o Idec (Instituto Brasileiro
de Defesa do Consumidor), comprovaram a existência
de elementos transgênicos (geneticamente alterados)
em alguns produtos comercializados no país, confira
a lista:
NOME |
EMPRESA |
ORIGEM |
TRANSGÊNICO |
Bac'Os - sabor bacon |
Gourmand Alimentos Ltda. |
EUA |
Soja RoundupReady |
Cereal Shake Diet - sabor morango |
Olvebra Industrial S.A. |
Brasil |
Soja RoundupReady |
Cup Noodles - sabor galinha |
Nissin Ajinomoto Al Ltda. |
EUA |
Soja RoundupReady |
Sopa Knorr - sabor creme de
milho verde |
Refinações de
Milho Brasil Ltda. |
Brasil |
Soja RoundupReady |
ProSobee |
Bristol-Myers Squibb Brasil Ltda. |
México |
Soja RoundupReady |
Salsicha Swift - tipo Viena |
Swift Armour S.A. Ind e Com. |
Brasil |
Soja RoundupReady |
Supra Soy - integral |
Josapar-Joaquim Oliveira S.A. Participações |
Bélgica |
Soja RoundupReady |
Nestogeno - com soja |
Nestlé do Brasil Ltda. |
Brasil |
Soja RoundupReady |
Soy Milke |
Olvebra Industrial S.A. |
Brasil |
Soja RoundupReady |
Pringles - sabor original |
Proctor & Gamble Interamericas
Inc |
EUA |
Milho Bt 176, Novartis |
Mc Cormick - Bac'On Pieces |
McCormick & Co |
EUA |
Soja RoundupReady |
Fontes: Greenpeace e Idec
Transgênicos não
darão opção ao agricultor
23 de julho de 2000
Agricultores que utilizam
sementes transgênicas em suas plantações,
podem correr o risco de ficarem reféns das empresas
de biotecnologia que produzem o produto. A conclusão
é de um estudo do Diretório Geral de Agricultura
da EU (União Européia) sobre um possível
impacto econômico das plantações transgênicas.
Embora ainda não existam evidências científicas
de que alimentos geneticamente modificados ofereçam
riscos a saúde e ao meio ambiente, na Europa cresce
a preocupação com a concentração
excessiva no setor. O estudo elaborado pela EU chama a atenção
para o fato de que a biotecnologia está tornando
os agricultores cada vez mais dependentes de um número
limitado de fornecedores.
A dependência fica pior ainda nos casos, cada vez
mais freqüentes, de acordos entre empresas de biotecnologia
e companhias cessadoras de grãos.
O domínio do mercado começa com os fornecedores
de sementes e chega até o final do processo produtivo,
com os compradores dos alimentos cultivados. Para os autores
do estudo, a situação dos agricultores, espremidos
entre os dois oligopólios, é cada vez mais
preocupante. O texto parte da análise sobre as empresas
que, cada vez mais, concentram o controle sobre o sistema
de alimentação, "do gene ao supermercado".
A conclusão é que o agricultor está
perdendo o poder de decisão sobre as características
e o modo de produção dos alimentos. O documento
declara que "o agricultor vira um cultivador, que fornece
a força de trabalho e muitas vezes algum capital",
mas que "nunca toma uma decisão importante sobre
sua gestão".
A estratégia de mercado das empresas de biotecnologia
estaria destinada, em muitos casos, a aumentar a dependência
do agricultor, segundo o órgão europeu que
elaborou o estudo.
A afirmação é baseada no fato de que
muitas companhias biotecnológicas vendem tanto a
semente geneticamente modificada como o produto complementar
destinado à proteção da colheita.
Por exemplo, uma firma vende uma semente resistente a um
herbicida e vende também o herbicida. A vantagem
é que o agricultor pode usar o agrotóxico
sem medo de prejudicar a colheita. O inconveniente é
que ele se vê forçado a adquirir todos os produtos
de uma mesma empresa. A EU calcula que, até o fim
do ano 2000, o mundo terá 42 milhões de hectares
em plantações transgênicas. Os EUA devem
ter 70% dessa superfície, seguidos pela Argentina,
14% e pelo Canadá, 9%. O principal cultivo é
de soja, 53%, seguido por milho, 27%, algodão 9%,
colza (planta da família da couve), responsável
por 8% das plantações e batata com 0.1%.
Mosquito transgênico
não passa doença
25 de julho de 2000
Cientistas da Universidade
de Michigan nos Estados Unidos, criaram um mosquito transgênico
que causa a morte de vírus e parasitas no próprio
organismo, impedindo que sejam transmitidas. As doenças
transmitidas por mosquitos são de difícil
controle; muitos insetos já desenvolveram resistência
aos pesticidas usados e não há vacinas efetivas
contra muitas moléstias, como a malária por
exemplo. Uma das formas de controle é impedir a transmissão
do agente causador da doença por meio de manipulação
genética de seu vetor, o mosquito. O estudo foi publicado
na revista norte-americana "PNAS"(Proceedings
of the National Academy os Sciences), e diz que é
a obtenção de mosquito transgênico que
contém um gene de uma proteína bactericida.
Esse gene é ativado pela ingestão do sangue.
Como resultado, o gene produz uma proteína que é
capaz de inibir o crescimento de microorganismos. O principal
autor do estudo Vladimir Kokoza, conta que, "quando
o mosquito suga o sangue, são ativados vários
genes, que passam a produzir proteínas". Os
cientistas escolheram um desses genes e isolaram sua região
regulatória (que ativa ou desativa o gene), acionada
pela ingestão do sangue.
Os cientistas unirão essa região ao gene que
codifica uma proteína que pertence à classe
das defensinas. As defensinas são proteínas
de defesa existentes em várias espécies e
que têm função bactericida.
No mosquito transgênico, por estar sob o controle
da região regulatória ativada pelo sangue,
a defensina é produzida imediatamente após
a picada. Com isso, quantidades elevadas de proteína
são liberadas na hemolinfa (o sangue do inseto).
"esperamos que a defensina inibida a multiplicação
do Plasmodium (agente causador da malária), impedindo
sua transmissão para outras pessoas. A estratégia
poderá, no futuro, produzir mosquitos capazes de
evitar o desenvolvimento de micróbios no seu interior,
impedindo o inseto de transmitir doenças".
Iogurte transgênico
pode virar vacina
21 de setembro de 2000
Pesquisadores brasileiros
da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e franceses
do Instituto Nacional de Pesquisas Agronomia, estão
usando lactobacilos vivos para a produção
de vacinas genéticas vivas. Os lactobacilos são
bactérias responsáveis pela fermentação
do leite. A intenção dos pesquisadores é
criar biorreatores (usinas celulares) para a produção
de proteínas. Para isso, eles modificaram o genoma
e lactobacilos para que carreguem um gene da bactéria
que causa a tuberculose, doença do gado que também
afeta o homem e que pode levar a morte. Esse gene carrega
as instruções para a produção
de um antígeno, uma proteína "inimiga"
que, ao ser reconhecida pelas células de defesa do
corpo, estimula a resposta imunológica. "A
grande vantagem dos lactobacilos para produzir vacinas é
o fato de eles serem inofensivos ao homem", conta
um pesquisador da UFMG.
Além de vacinas, os lactobacilos transgênicos
poderiam ser usados como biorreatores para a produção
de uma série de proteínas, como a lipase (que
degrada a gordura). Os primeiros testes da vacina contra
tuberculose, em camundongo, mostraram um grau de produção
grande do antígeno, os testes em bovinos começam
daqui um a um ano.
Governo ainda estuda
regras de rotulagem
20 de setembro de 2000
A portaria que vai disciplinar
a rotulagem desses alimentos está sendo discutida
a cerca de dois meses. Ela será assinada pelos ministros
da Justiça, da Saúde, da Agricultura e da
Ciência e Tecnologia. O documento, que está
em fase final de discussão no governo, determina
que as embalagens de ingredientes e alimentos transgênicos
indiquem essa informação de forma "ostensiva",
com caracteres de tamanho, formato e cor que permitam fácil
visualização. Essa informação
será obrigatória sempre que for detectada
a presença de DNA (o material que compõe o
genes) ou proteína resultante de modificação
genética, ou quando houver alteração
da composição ou do valor nutricional do alimento,
detectável por meios científicos aceitos.
Nova lista de transgênicos
comercializados no Brasil
21 de setembro de 2000
O Greenpeace divulgou ontem,
nova lista com produtos produzidos e vendidos no Brasil
com soja e milho modificados geneticamente, veja a lista:
PRODUTO |
EMPRESA |
TRANSGÊNICO |
Sopão de galinha |
Knorr |
Soja RoundupReady da Monsanto e milho
Bt 176 da Novartis |
Sopa de galinha 'Pokémon'
|
Arisco |
Soja RoundupReady da Monsanto
e milho Bt 176 da Novartis |
Ovomaltine cereais e fibras |
Novartis |
Soja RoundupReady da Monsanto e milho
Bt 176 da Novartis |
Mistura para bolo de chocolate |
Sadia |
Soja RoundupReady da Monsanto e milho
Bt 176 da Novartis |
Fonte: Greenpeace
Transgênicos e
convencionais são iguais, diz estudo
8 de fevereiro de 2001
Um estudo publicado na revista
Nature (www.nature.com)
conclui que variedades agrícolas geneticamente modificadas
não são mais invasivas que as convencionais.
O estudo esta sendo feito a dez anos e utilizou quatro plantas,
milho, batata, beterraba e canola. Foram incluídos
todos os tipos de modificação genética
disponíveis em 1990. A cada ano, as plantações
de transgênicos e convencionais eram monitoradas para
verificar sua capacidade de sobreviver no campo abandonado,
ou se as plantas tinham conseguido transferir-se para as
terras vizinhas. "o tamanho das populações
de todas as culturas declinou após o primeiro ano,
em nenhum caso as linhagens transgênicas persistiram
por tempo significativamente maior que as convencionais".
Fumo transgênico
auxilia medicina
14 de abril de 2001
Hemocentro de Manaus produz
teste aperfeiçoado com fumo transgênico para
detectar hepatite tipo C sem inutilizar as bolsas de sangue.
Desenvolvida pela cruz vermelha japonesa, a técnica
está sendo usada (em caráter experimental)
no Amazonas. Com a utilização deste processo
bolsas poderão ser economizadas. Dados registrados
na região comprovam que 50% das pessoas que tiveram
contato com a hepatite C, teriam deixado no sangue de doadores
na forma de anticorpos o vírus, resultando no descarte
de 3200 das 28 mil bolsas coletadas. O processo deverá
ser analisado pelo Comitê Nacional de Ética
em Pesquisa e aprovado pelo Ministério da Saúde.
Empresa encomenda estudo
ambiental sobre transgênico
12 de junho de 2001
A Monsanto, empresa que
fabrica soja transgênica Roundup Ready, contratou
empresas para analisarem o impacto ambiental do produto.
O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis) concedeu a empresa termo de
referência para a realização do EIA-Rima
(sigla que identifica o estudo para impacto ambiental e
seu respectivo relatório).
Transgênicos deverão ser rotulados
20 de julho de 2001
Alimentos que contenham
organismos geneticamente modificados, (transgênicos)
que são destinados ao consumo humano, deverão
ser rotulados a partir de 31 de dezembro. As embalagens
terão que oferecer informação sobre
uma excessiva quantidade (acima de 4%) em relação
ao seu peso e volume, de organismos desta natureza. Organizações
não-governamentais protestam.
Venda de soja transgênica
será liberada pela União
25 de julho de 2001
Produção e
comercialização de soja modificada será
liberada, o ministro da Agricultura, Pratini de Moraes,
deverá assinar na próxima segunda-feira o
despacho de autorização, embasado em um parecer
jurídico elaborado pelos advogados do ministério
(hoje a produção e comercialização
de transgênicos no país é proibida),
representantes do ministério alegam que com o decreto
e a criação da CTNBio (Comissão Técnica
Nacional de Biossegurança) a proibição
tornou-se "inócua". Já o Idec (Instituto
de Defesa do Consumidor) deverá contestar a liberação.
Milho transgênico
pode ser barrado nos EUA
28 de julho de 2001
A EPA (agência de
proteção ambiental dos EUA) recebeu uma recomendação
de 16 cientistas para que o milho transgênico StarLink,
seja proibido, devido a possíveis reações
alérgicas que podem ser causadas a humanos. Segundo,
a EPA, ela irá considerar as recomendações
e as análises feitas sobre o milho geneticamente
alterado fabricado pela Aventis, empresa que produz o produto.
O milho produzido pela empresa possui um gene de bactéria
que produz proteína capaz de combater pragas que
atacam o milho. Maiores informações podem
ser vistas em (www.epa.gov/scipoly/sap). Após a divulgação
do relatório, a empresa responsável pela produção
no milho, declarou que permanecerá com seus esforços
para liberar o milho para consumo humano.
Novas pesquisas sobre
o milho transgênico que afeta borboletas
28 de julho de 2001
A agência de proteção
ambiental dos EUA (EPA), apresentou um estudo favorável
às variedades de milho transgênico do tipo
Bt, demonstrando que as plantações oferecem
mínimos riscos para borboletas monarcas. Esta conclusão
bate de frente, com teste de laboratórios feitos
anteriormente, que levantavam possíveis problemas
com o meio ambiente.
Existe uma pequena chance de que 1 em cada 100 mil larvas
de monarca, possam ser afetadas pelo pólen de milho
alterado, pesquisas mostram que essas larvas acabam tornando-se
borboletas sadias.
Tomate pode ser irrigado
com água salgada
31 de julho de 2001
Os pesquisadores Eduardo
Blumwald, da Universidade da Califórnia, nos EUA
e Hong-Xia Zhang, da Universidade de Toronto no Canadá,
conseguiram fazer tomateiros sobreviverem ao serem irrigados
com água salgada, introduzindo um gene na planta,
porém os pesquisadores alertam que a possível
salada feita com os tomates transgênicos ainda precisará
ser temperada, pois os sal não se acumula no fruto
e sim nas folhas das plantas. Segundo os pesquisadores "A
produtividade agrícola é severamente afetada
pela salinidade do solo, e os efeitos danosos da acumulação
de sal em solos agrícolas influenciaram civilizações
antigas e modernas".
"Em todo mundo, mais de 60 milhões de hectares
de terra irrigada, o que representa 25% do total, foram
danificadas pelo sal, nossos estudos sugerem a possibilidade
de produzir plantas transgênicas tolerantes ao sal
para produzir culturas comestíveis". O estudo
foi publicado na revista científica "Nature
Biotechnology" (http://biotech.nature.com).
Plantas transgênicas testadas com água com
um grau de salinidade suficiente para impedir que qualquer
planta cresça, foi bem sucedido, apesar desses pontos
negativos os tomateiros cresceram normalmente deram flores
e frutos. Até então cientistas achavam que
para chegar a essas condições a planta teria
que passar por um grande processo genético, com esses
estudo fica comprovado que as pesquisa poderão ser
bem mais simplificadas. |