Desastres
ambientais e mudanças climáticas marcam 1º
dia do Fórum Mundial da Água
Evento é o maior do
mundo sobre o tema. Programação segue até
sexta, em Brasília.
Por Marília Marques, G1 DF
19/03/2018 19h52 - Os dois
últimos grandes desastres ambientais brasileiros,
da barragem de Mariana, em 2015, e o de Barcarena, no início
de março, foram lembrados em, pelo menos, cinco painéis
realizados nesta segunda-feira (19), primeiro dia de debates
do Fórum Mundial da Água, em Brasília.
Desastre Ambiental de Mariana
O evento é o maior
do mundo sobre o tema água. A oitava edição
segue até sexta-feira (23). Na mesa "Conectando
Água e Clima", o professor da Universidade Federal
de Alagoas Luiz Carlos Molion questionou o motivo das grandes
empresas "trabalharem de forma correta em seus países",
e quando instaladas no Brasil, “não trabalharem
corretamente”.
A referência, segundo
o pesquisador, é ao vazamento de depósitos
da refinaria norueguesa Hydro, que contaminou rios em Barcarena,
no Pará. O pronunciamento no fórum acontece
na mesma tarde em que a empresa emitiu um comunicado oficial
no site assumindo que descartou água não tratada
no rio Pará.
Mudanças climáticas
Outra mesa, "Paz Azul", avaliou que as mudanças
climáticas induzidas pelo ser humano, o rápido
crescimento populacional e urbano e a deterioração
da qualidade da água são alguns dos “grandes
desafios do século 21”.
Darlene Sanderson, uma das
especialistas do painel, representando o Observatório
Indígena pela Água e Paz, lembrou o papel
que os povos tradicionais – especificamente as comunidades
indígenas – têm no desenvolvimento de
tecnologias sustentáveis. Como exemplo, foram citadas
a tradição e a lei indígena, baseadas
na natureza.
Fórum Mundial da
Água
Esta é a oitava edição
do Fórum Mundial da Água, realizado a cada
três anos em um país diferente. A primeira
edição ocorreu em 1997, em Marrakesh, no Marrocos,
e a última em 2015, em Daegu, na Coreia do Sul.
O encontro deste ano
traz o tema "Compartilhando Água". O objetivo,
segundo os organizadores, é estabelecer compromissos
políticos e incentivar o uso racional, a conservação,
a proteção, o planejamento e a gestão
da água em todos os setores da sociedade.
Do G1