Brasil
quer inserir etanol e biodiesel nas discussões da
COP-15 em Copenhague
4
de Dezembro de 2009 - Renata Giraldi - Repórter da
Agência Brasil - Brasília - O diretor do Departamento
de Energia do Ministério das Relações
Exteriores, ministro André Aranha Corrêa do
Lago, fala do seminário sobre biocombustíveis
que o governo brasileiro promoverá em Copenhague,
durante a 15ª Conferência das Nações
Unidas sobre Mudança do Clima.
Brasília - O governo do Brasil se esforça
para inserir as discussões sobre o etanol e o biodiesel
como alternativas para a redução do efeito
estufa durante os debates da 15ª Conferência
das Partes da Convenção do Clima (COP-15),
que ocorrerá de 7 a 18 de dezembro, em Copenhague
(Dinamarca). Com isso o Brasil espera atrair fornecedores
e clientes para os produtos.
Os
argumentos brasileiros se baseiam na capacidade do etanol
de emitir nove vezes menos gases de efeito estufa em comparação
a outros combustíveis, além de ser produzido
a custos mais baixos do que os tradicionais. As discussões
serão realizadas na próxima terça-feira
(8).
“Mesmo
na pior das hipóteses, a produção de
biocombustíveis é melhor do que a gasolina.
O nosso é melhor ainda. Nós não somos
contra o etanol [vindo de outros países]. Há
espaço para tudo. Por pior que seja produzido o biocombustíveis,
tem de ser melhor do que a gasolina.”, afirmou o diretor
do Departamento de Energia do Ministério de Relações
Exteriores, André Corrêa do Lago.
A
rodada de discussões sobre etanol será conduzida
por dois embaixadores brasileiros e mais três especialistas
da área de biocombustíveis. Haverá,
ainda, representantes dos Estados Unidos e da Suécia.
Para
mostrar na prática as vantagens do produto, o empresário
gaúcho Eduardo Malmann apresentará seu projeto
sobre miniusinas de etanol cuja produção é
voltada para a eletricidade e os combustíveis.
As
organizações não governamentais norte-americanas
Nature Conservacy e Project Gaia vão apresentar seus
programas utilizando o biocombustível como alternativa
para a redução do desmatamento e melhoria
da qualidade de vida. “Soja, etanol e celulose vão
apresentar o compromisso de não desmatamento”,
afirmou Corrêa do Lago.
O
diplomata afirmou que o objetivo do Brasil é atrair
a atenção dos países em desenvolvimento,
como os africanos, que necessitam de alternativas baratas
para adesão ao Protocolo de Quioto – que determina
que até 2012 seus signatários reduzam as emissões
combinadas a níveis 5% abaixo dos índices
de 1990.
No
último dia 30, o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva admitiu que as negociações em Copenhague
podem não avançar tanto como se esperava.
“Eu sempre trabalho com a hipótese de que nas
negociações nós deveríamos chegar
a alguns números, que não seja tudo o que
algum individualmente quer, mas que seja possível
construir. É assim que a gente negocia, é
assim que a gente faz política e vamos continuar
trabalhando”, disse.
+
Mais
Brasil
promoverá encontro sobre biocombustíveis em
Copenhague
4
de Dezembro de 2009 - Da Agência Brasil - Brasília
- O diretor do Departamento de Energia do Ministério
das Relações Exteriores, ministro André
Aranha Corrêa do Lago, fala hoje (4), às 15h30,
no Itamaraty, sobre o seminário de biocombustíveis
que o governo brasileiro promoverá em Copenhague
(Dinamarca) no segundo dia da 15ª Conferência
das Partes da Convenção-Quadro das Nações
Unidas sobre Mudanças do Clima (COP-15), que começa
segunda-feira (7).
Chamado
de The Contribution of Biofuels to Climate Change Mitigation,
o encontro reunirá especialistas e cientistas nacionais
e estrangeiros. O objetivo é esclarecer os negociadores
da COP-15 sobre questões referentes à utilização
da bionergia como fonte energética de baixa emissão
de gases causadores de efeito estufa.
Da
Agência Brasil