Veja
os principais temas da cúpula sobre o clima de Copenhague
O
principal objetivo da Conferência do Clima, em Copenhague
é selar um novo acordo sobre a redução
de emissões de gases causadores do efeito estufa
substituindo o Protocolo de Kyoto que expira em 2012. Entre
outros temas, serão discutidos meios de financiamento
deste corte e o desmatamento.
Entenda
as questões que norteiam a cúpula de Copenhague
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Redução de emissões: compromissos de
redução de emissões de gases causadores
do efeito estufa até 2020. Esta redução
nas emissões implica um custo econômico em
termos de eficiência energética e de mudança
para tecnologias menos poluentes. Além de comprometimento
dos países ricos também será preciso
levar em conta a contribuição dos países
emergentes para o aquecimento global, já que hoje
são fonte de metade das emissões de CO2.
-
Financiamento: Os países pobres querem que os industrializados
prometam 1% de seus Produtos Internos Brutos (PIB) por ano
para ajudar os países desenvolvidos a aplicarem um
modelo econômico com menos emissões de CO2,
além de medidas de adaptação às
inevitáveis consequências das mudanças
climáticas. A gestão destes recursos também
deverá entrar na pauta de discussões. Os países
pobres já expressaram suas críticas contra
o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.
Status
Legal: De um lado há os países em desenvolvimento
que reivindicam a continuidade do Protocolo de Kyoto após
o prazo de expiração em 2012, e de outro os
Estados Unidos que abandonou este protocolo, em parte porque
ele só é juridicamente vinculante para os
países desenvolvidos, deixando de fora os emergentes
e em desenvolvimento. Diante deste cenário, são
duas as possibilidades: ampliar Kyoto, estabelecendo relações
com os Estados Unidos, ou abandoná-lo e adotar um
novo acordo que inclua os Estados Unidos.
Desmatamento:
Desmatamento: os países com vastas florestas tropicais
pressionam por um acordo que os ajude financeiramente a
preservar estes "pulmões" do planeta contra
as emissões de CO2.
No entanto, este projeto enfrenta problemas técnicos
como, por exemplo, maneiras eficazes de medir a preservação
e prevenir a corrupção e o desvio de dinheiro,
garantindo que estes recursos sejam de fato empregados para
ajudar os países em desenvolvimento.
Da
Folha de São Paulo/France Presse