Brasil
teme manobra para derrubar financiamento contra aquecimento
global
No
primeiro dia de negociações da Conferência
sobre Mudanças Climáticas da ONU (COP -15),
surgiu uma proposta de estabelecer como acordo, a destinação
de U$ 30 bilhões para as ações de mitigação
nos próximos três anos. O anuncio pôs
em alerta o G-77, bloco composto por 77 nações,
entre as quais Brasil, Índia e África do Sul,
que temem que esteja em andamento uma manobra para limitar
o financiamento dos países ricos às ações
para tornar ambientalmente sustentável o crescimento
econômico nas próximas décadas.
De
acordo com o Banco Mundial, o combate ao aquecimento global
demanda investimentos anuais de até U$ 270 bilhões.
O próprio secretário-geral da Conferência,
Yvo de Boer, afirmou que, além do investimento de
curto prazo, é preciso assegurar outras “centenas
de bilhões de dólares” para que a negociação
seja bem sucedida.
O
governo brasileiro acredita que esses recursos devem estimular
os chamados Redás, projetos para permitir que os
donos de terras na floresta invistam em serviços
ambientais, como o reflorestamento e a recuperação
de áreas degradadas.
“A
tendência dos países em desenvolvimento é
não se comprometer apenas com um dinheiro inicial
que vai durar só até 2012. Já que a
mudança do clima é um problema urgente e o
desafio é de longo prazo, o financiamento também
tem que ser urgente e de longo prazo”, garante o negociador
chefe do Brasil, Luís Alberto Figueiredo.
Do
G1
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