Com
sucesso de público, ONU pede “virada”
na cúpula do clima
Se
a Conferência do Clima, em Copenhague, será
a “virada” histórica que o secretário-executivo
da Convenção do Clima da ONU, Yvo de Boer,
reivindica dos líderes mundiais, ainda não
se sabe. Mas a cúpula já conquistou um recorde:
o de público, digno de ser chamado por Michael Cutajar,
do grupo de trabalho de Ações Cooperativas
de Longo Prazo, “de maior show da Terra”.
A
cúpula terá a participação de
96 chefes de Estado – entre eles Luiz Inácio
Lula da Silva – o que aumenta as expectativas de conclusão
de um novo acordo, ainda que este, como anunciado pelos
líderes, não tenha força legal.
A
meta que será apresentada por Barack Obama prevê
uma redução de emissão de gases-estufa
dos EUA para 2020, 17% sobre 2005, que representa redução
em torno de apenas 5% sobre 1990, o ano-referência.
Mesmo
assim, de Boer acredita que a participação
do presidente americano será importante para que
ele possa se interar das preocupações dos
pequenos países insulares e dos países em
desenvolvimento e cobrou-lhe ação mais efetiva
"Espero que venha com uma meta ambiciosa para os EUA
e um forte compromisso financeiro".
O
holandês De Boer ressaltou "Quero uma lista de
metas ambiciosas dos países ricos; claridade sobre
o que os países em desenvolvimento vão fazer
para limitar o crescimento de suas emissões e uma
lista de promessas financeiras que torne possível,
para um escopo mais amplo de nações em desenvolvimento,
reverter a direção de seu crescimento econômico
e se adaptar ao impacto inevitável da mudança
climática".
Da
Folha
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