Brasil
insiste em meta climática para ricos até 2020
Os
países em desenvolvimento, entre eles o Brasil querem
que as nações ricas adotem metas intermediárias
ambiciosas relativas a 2020, para só então
aceitarem uma meta global para 2050. E insistem para que
os países desenvolvidos reduzam suas emissões
até 2020 para 25% a 40% em relação
aos níveis de 1990. Outros países, especialmente
os pequenos Estados insulares, mais vulneráveis ao
aumento dos mares decorrente do aquecimento global, querem
reduções de até 45%.
Sérgio
Serra, embaixador brasileiro para questões climáticas,
reiterou a posição brasileira, defendendo
que o país aceitará a proposta de reduzir
pela metade as emissões globais de gases do efeito
estufa até 2050, se os países ricos adotarem
metas mais rígidas relativas ao corte de emissões
até 2020.
Serra
disse também que um acordo para preservar as florestas
como forma de controlar a mudança climática
também só poderá ser alcançado
como parte de um pacto financeiro mais amplo.
Outro
assunto decisivo na conferência de Copenhague é
o esquema chamado de Redução das Emissões
pelo Desmatamento e a Degradação (Redd), pelo
qual poluidores poderiam pagar a países em desenvolvimento
para que mantenham suas florestas, que absorvem carbono
lançado na atmosfera.
O
Brasil recentemente sinalizou estar aberto a permitir que
os países ricos adquiram créditos de carbono
em troca do financiamento para projetos Redd. Antes, o país
passou meses se opondo ao mecanismo, sob a alegação
de que com ele as nações desenvolvidas continuariam
poluindo. Mas Serra disse que se discute um limite de 10%
no volume de reduções que poderiam ser transformadas
em créditos.
Da
Redação (Folha/Reuters)
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