Desmatamento
da Amazônia é ‘dragão adormecido’,
diz pesquisador
O
cientista americano Daniel Nepstad, pesquisador do Woods
Hole Research Center, nos EUA, é um dos autores de
uma pesquisa sobre desmatamento publicada na revista "Science".
O pesquisador afirma que o desmatamento da Amazônia,
que este ano teve uma baixa histórica, segundo dados
do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), deve
ressurgir quando a economia global retomar o crescimento
e os preços das commodities voltarem a subir.
Ele
cita como exemplo projeções de que a demanda
por ração animal – que provém,
em parte, da soja – na China deve crescer mais de
100% nos próximos dez anos e que o Brasil deve ser
um dos maiores fornecedores de matéria-prima para
esse alimento.
De
acordo com a pesquisa o Brasil necessita entre US$ 6,5 bilhões
e US$ 18 bilhões para eliminar definitivamente o
desmatamento da região amazônica até
2020. Com isso, o estudo defende uma meta ainda além
dos 80% de redução da devastação
que o governo do Brasil vai apresentar na COP 15.
Nepstad,
e Paulo Moutinho, do Instituto de Pesquisa Ambiental da
Amazônia (Ipam), que também participou do estudo,
defendem que o Brasil deve aproveitar o momento de redução
do desmatamento para acabar de vez com o problema. O dinheiro
para tomar as medidas necessárias sairia de mecanismos
internacionais de financiamento, um dos pontos centrais
das discussões durante a conferência climática.
Da
Redação (Do Globo)
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