Governo
brasileiro em Copenhague expõe divergências
sobre limites globais
Os
ministros Celso Amorim (Relações Exteriores),
Sergio Rezende (Ciência e Tecnologia) e Minc se reunirão
para definir o conjunto de posições que o
Brasil defenderá no encontro. Na linguagem diplomática
este tipo de encontro chama-se "instrução"
para Copenhague.
A
versão preliminar da "instrução"
brasileira foi distribuída aos demais integrantes
da cúpula da delegação só na
sexta-feira passada (4). No texto, o Itamaraty até
acata o objetivo, definido pelos 17 maiores poluidores,
de que 2ºC seria o limite tolerável de aquecimento
do planeta até 2100, tendo como base a temperatura
de antes da Revolução Industrial.
As
divergências até aqui estão relacionadas
com a contribuição de países em desenvolvimento
para o corte das emissões. Minc enfrentou resistências
ao defender a proposta de o Brasil levar metas de redução
de emissões para Copenhague. Como país em
desenvolvimento, o Brasil não está obrigado
por ora a estabelecer nem cumprir metas.
Outra
divergência relevante alcança o monitoramento
das emissões de gases de efeito estufa no país.
O Itamaraty defende que apenas as ações de
redução financiadas sejam objeto de monitoramento
e verificação. Novamente, o Ministério
do Meio Ambiente é contra. E defende que sejam monitoradas
todas as ações, independentemente de receberem
financiamento externo.
Da
Redação (Folha)
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