Países
ricos devem cooperar com projetos do Brasil, diz secretário-geral
da COP15
Copenhague
(Dinamarca) - O secretário-geral da 15ª Conferência
das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas
(COP15), Yvo de Boer, afirmou hoje (8) que os projetos para
reduzir a emissão de gases que provocam o efeito
estufa, financiados com dinheiro público das nações
ricas, também devem servir aos grandes países
em desenvolvimento, como o Brasil, a China e a Índia.
“O
dinheiro deve ser focalizado para projetos em todos os países
pobres e em desenvolvimento. Os grandes países também
devem ter acesso, mas isso vai depender de cada projeto
apresentado”, afirmou durante entrevista coletiva
no segundo dia da conferência.
Os negociadores brasileiros em Copenhague já anunciaram
que não será aceito um acordo que exclua os
projetos dessas nações em desenvolvimento
para que o compromisso financeiro dos países ricos
com as medidas de adaptação das economias
emergentes seja restrito. O Brasil teme que os países
ricos estejam procurando um acordo apenas para garantir
fundos de curto prazo da ordem de US$ 10 bilhões
por ano entre 2010 e 2013.
De
Boer ressaltou, no entanto, que é preciso aumentar
a participação dos fundos nos países
pobres, já que atualmente 80% dos recursos chegam
apenas a oito nações.
O
secretário-geral ainda lamentou que as conversas
“sérias” só começaram nas
duas semanas que antecederam o encontro, o que torna mais
complicado um entendimento antes da chegada dos chefes de
Estado, no próximo dia 15.
Fonte: Roberto Maltchik - Enviado Especial EBC
Do
Ministério do Meio Ambiente
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