Grupo
com Brasil tenta lançar novo texto em Copenhague
10/12/2009
- A delegação brasileira na conferência
de Copenhague espera que até sexta-feira (11) o país
tenha definido os impasses na negociação do
novo tratado, contanto com a articulação do
principal chefe do grupo negociador na cúpula, o
maltês Michael Zammit Cutajar.
"Estamos
trabalhando para destravar a negociação. Mas
o texto não existe ainda", disse à Folha
Luiz Alberto Figueiredo, embaixador brasileiro que é
vice-chefe do LCA, grupo que discute as ações
de longo prazo -entre elas o novo acordo.
Mas
ainda ontem, Cutajar penava para formar os grupos de contato
encarregados de tratar de cada um dos pilares da negociação
(corte de emissões, adaptação, transferência
de tecnologia e financiamento). Uma fonte envolvida no processo
negociador disse que está difícil chegar a
um consenso entre todas as partes.
A
questão mais árdua a ser incluída no
texto é o financiamento de médio prazo. A
Folha apurou que a proposta deve pedir um compromisso dos
países desenvolvidos em custear ao menos até
2020 parte das ações de adaptação
e de corte de emissões de gases-estufa a serem tomadas
pelos países em desenvolvimento.
China,
Brasil, Índia e África do Sul não aceitam
que o documento crie critérios que limitem sua qualificação
para receber ajuda. Mas ontem os EUA voltaram a afirmar,
por exemplo, que não entregarão recursos aos
chineses (aliás, seus maiores credores).
No
dia 16, começa a reunião de alto nível
com ministros e, depois, chefes de governo e Estado. Nesse
momento, as propostas terão de estar prontas.
Da
Redação
Com G1/BBC