“Sem
dinheiro, nenhum acordo”, diz embaixador do Brasil
na conferência de Copenhague
10/12/2009
- O financiamento da luta contra o aquecimento climático,
com promessas insuficientes, segundo os países em
desenvolvimento, está no centro dos debates em Copenhague,
onde Estados Unidos e China - os dois principais poluidores
do planeta - se opõem a esta ajuda. No centro da
conferência, a China e os Estados Unidos batalham
sobre a responsabilidade e os deveres de cada um em relação
ao aumento do termômetro mundial
"Estamos
muito preocupados", disse o embaixador extraordinário
do Brasil para a mudança do clima, Sergio Serra.
"As cifras para o curto prazo são bem-vindas,
mas são insuficientes: todos os países em
desenvolvimento esperam compromissos até 2020".
"Sem dinheiro, nenhum acordo!", observou
Colocando-se
na posição de porta-voz das nações
em desenvolvimento, a China afirmou considerar que a indispensável
ajuda financeira dos países industrializados restaura
uma "responsabilidade histórica".
"A
garantia de um apoio financeiro aos países em desenvolvimento
por parte dos industrializados não é um ato
de caridade ou de filantropia", martelou Yu Qingtai,
representante especial do ministério das Relações
Exteriores para o clima.
O
enviado especial dos EUA para o clima, Todd Stern, retrucou
o comentário chinês dizendo claramente que
rejeitava qualquer ideia de "reparação".
"Reconhecemos perfeitamente nosso papel histórico
na poluição da atmosfera, mas rejeito categoricamente
qualquer ideia de culpa ou de reparação",
declarou.
Enquanto
chineses e americanos monopolizam o debate em Copenhague,
os líderes da União Europeia tentam, logo
mais, em Bruxelas, chegar a um acordo sobre a concessão
de ajuda imediata de 6 bilhões de euros (US$ 10 bilhões)
aos países pobres.
Da
Redação
Com Folha/France Presse