Soros
pede uso e verba do FMI para combater mudança climática
10/12/09
- O investidor George Soros apresentou durante a reunião
da Cúpula das Nações Unidas para o
Clima em Copenhague, a ideia de utilizar linhas de financiamento
liberadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI)
para ajudar países industrializados durante a crise
econômica mundial - mas que nunca foram acionadas,
em prol de ações contra mudanças climáticas
em países em desenvolvimento.
"Isso
supera os problemas de financiamento", disse Soros.
"Pode ser muito importante, porque as mudanças
climáticas são um problema real e existencial
para o mundo”.
O
financiamento de ações dos países em
desenvolvimento é o ponto de maior discussão
em Copenhague. A proposta dos países industrializados
sinaliza o investimento de US$ 10 bilhões por ano
para um fundo de emergência, apelidado de fast start
fund. A ideia, no entanto, esbarra nas expectativas de diversos
países que, como o Brasil, afirmam que um fundo de
curto prazo não será suficiente para se chegar
a um acordo.
O
financiamento que Soros propõe ser usado é
conhecido como Special Drawing Rights (SDR) e só
está sujeito a juros depois que o dinheiro entrar
em circulação. Assim que isso acontecer, incidiriam
juros de 0,5% ao ano, mas eles seriam pagos, na sugestão
de Soros, pelas reservas de ouro do FMI, que atualmente
valem mais de US$ 100 bilhões. Com isso, os países
em desenvolvimento não teriam que se endividar com
o pagamento juros.
Além
disso, Soros sugere que os países em desenvolvimento
podem até lucrar com os investimentos feitos com
o dinheiros dos SDR, ao vender créditos de carbono
para países ricos nos mercados internacionais. Segundo
ele "O que está faltando é só
vontade política para combater as mudanças
climáticas com o uso de SDRs".
Da
Redação
Com G1/BBC
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