Japão
ameaça largar meta de gás-estufa se não
houver acordo em EUA e China
11/12/2009
- Os países, tanto pobres como ricos, reunidos na
Conferência sobre Mudanças Climáticas,
em Copenhague, permanecem profundamente divididos em relação
aos cortes nas emissões e os detalhes legais em conversações
para acordar o esboço de um pacto que estenda ou
substitua o Protocolo de Kyoto existente.
Muitos
países ricos, incluindo o Japão, querem um
tratado novo e único que defina reduções
das emissões de todos os grandes países e
são contra a simples extensão da vigência
do tratado de Kyoto e ameaça abandonar o compromisso
de reduzir emissões de gases-estufa em 25% até
2020 se o Protocolo de Kyoto for estendido sem fixar metas
de redução de emissões para a China
e os EUA.
O
ministro japonês do Meio Ambiente, Sakihito Ozawa,
disse que o Japão vai reiterar que sua meta de cortes
de emissões, baseada nos níveis de 1990, se
fundamenta na premissa de que metas ambiciosas sejam acordadas
por todos os maiores emissores de gases. Mas se negou a
dizer quanto o Japão vai oferecer em financiamento
adicional a países em desenvolvimento para combater
as mudanças climáticas, mas falou que o governo
ainda quer pagar mais que o valor previamente anunciado
de US$ 9,2 bilhões até 2012.
O governo japonês vem enfrentando críticas
à sua meta por parte de grupos empresariais nacionais,
preocupados que os custos adicionais possam prejudicar indústrias
que vão desde a geração elétrica
até a siderúrgica e a de cimento, justamente
no momento em que se visualiza o risco de a economia cair
em uma segunda recessão.
Da Redação
com Folha/Reuters
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