Para
os EUA há ‘desequilíbrio’ em pré-acordo
sobre clima
11/12/2009
- Foi apresentado aos negociadores na reunião das
Nações Unidas sobre o clima, um esboço
de acordo, que prevê, para os países desenvolvidos,
uma obrigação, legalmente exigida, enquanto,
para os emergentes, propõe apenas uma possibilidade
de metas.
O
texto provocou criticas do representante especial para mudança
climática dos Estados Unidos, Todd Stern. Segundo
ele isso representa um “desequilíbrio”
no pré-acordo.
A
afirmação do negociador americano se baseia
nas previsões de que 97% do crescimento das emissões
no planeta será causado por países em desenvolvimento.
Portanto, os Estados Unidos não aceitariam um acordo
que não estabeleça metas obrigatórias
de redução de emissões para os "grandes
países em desenvolvimento”. A referência
foi interpretada como uma menção à
China, mas Índia e Brasil provavelmente seriam incluídos
nesta categoria.
Ainda
assim, o negociador-chefe americano afirmou que o esboço
de acordo é um passo "construtivo" e acrescentou
que acredita "absolutamente" na possibilidade
de um acordo.
Os
números definitivos vão ser negociados até
a assinatura do documento, na semana que vem. As metas para
2050 também variam entre 75% e mais de 95%. Todas
têm 1990 como ano base. Até o momento, as propostas
apresentadas voluntariamente pelos países desenvolvidos
para 2020 somam apenas 18%.
Outra
questão polêmica, o limite de elevação
da temperatura da Terra, não foi resolvida: o documento
fala de 1,5ºC a 2ºC. Entre os mais insatisfeitos
com o documento está o grupo dos pequenos países
ilha, que exigem cortes profundos e a manutenção
da temperatura até 1,5ºC.
Embora
tenha sido saudado como uma "boa estrutura para ser
preenchida pelos negociadores" pelo secretário-executivo
da convenção da ONU para o clima, Yvo de Boer,
o documento foi recebido com ressalvas pelas organizações
não-governamentais.
Da
Redação
com G1/BBC