China
diz que fundo europeu é ‘bom primeiro passo’
12/12/09
- “Bom primeiro passo”: assim foi chamado pela
comissão chinesa, no sábado (12) a decisão
da União Europeia (UE) de destinar 2,4 bilhões
de euros por ano ao combate aos efeitos da mudança
climática nos países pobres. Em entrevista
coletiva o chefe da delegação chinesa na COP-15,
Su Wei afirmou: "Independentemente do número
em si, comemoramos que se tenha tomado uma decisão
a respeito do financiamento no curto prazo. Como primeiro
passo, é positivo", completou.
Wei
expressou seu desejo de que os países industrializados
apresentem "em breve" números de financiamento
no longo prazo para a adaptação das nações
em desenvolvimento ao aquecimento global.
Para
o chefe da delegação chinesa, os protestos
registrados em Copenhague e que terminaram com a detenção
de 400 pessoas "demonstram a preocupação"
popular com a mudança climática e as resoluções
da cúpula. No entanto, acrescentou que esses atos
também "restringem a liberdade de outras pessoas"
e "perturbam as negociações" dos
192 países reunidos em Copenhague.
Após
a apresentação de dois documentos de trabalho,
Su disse ter "esperança" de que as negociações
levem a resultados e de que a cúpula de Copenhague,
que termina na próxima sexta-feira, "seja um
sucesso".
"A
minuta demonstra que estamos avançando e fazendo
progressos, embora ainda haja muitos aspectos que podem
ser melhorados. Em geral, é uma base sólida
para trabalhar", apontou. No entanto, Su não
ousou destoar da postura oficial de Pequim apesar de Estados
Unidos e Europa reivindicarem um maior compromisso chinês.
A
China pretende adotar metas voluntárias de redução
de emissões de dióxido de carbono (CO2), de
acordo com a normativa aplicada aos países em desenvolvimento.
O
chefe da delegação chinesa se prendeu ao Mapa
de Caminho definido na conferência de Bali de 2007
e insistiu em que, apesar de ser um dos mais poluidores
do mundo, a China ainda precisa crescer e, portanto, aumentará
suas emissões em termos absolutos.
Em
termos relativos, Pequim se comprometeu a cortar sua intensidade
energética (emissão de CO2 por unidade de
PIB) entre 40% e 45% até 2020 frente aos níveis
de 2005.
Su
Wei apontou que o objetivo dos negociadores técnicos
é "fechar todos os pontos de um acordo"
para que os chefes de Estado e de Governo que chegarão
à cúpula na semana que vem "só
tenham que assinar" o texto, mas acrescentou que ainda
faltam "intensas negociações" para
chegar a um resultado concreto.
Da
Redação
Com G1/EFE