Após
crítica de ativistas, polícia justifica prisão
de mais de 900 em Copenhague
13/12/09
- Após os protestos ocorridos neste sábado
em Copenhague, mais de 900 manifestantes foram detidos,
segundo a polícia local em nota publicada neste domingo.
Muitos deles foram obrigados a ficar sentados na rua, algemados
sob o rigoroso inverno dinamarquês.
Diversos
manifestantes, relataram o desconforto físico e severo
pelo qual passaram, chegando alguns a urinar em si, por
não poderem sair do lugar, enquanto esperavam algemados.
A
polícia foi acusada de realizar prisões “indiscriminadamente”,
segundo o movimento Climate Justice Action, um dos articuladores
da manifestação. O mesmo grupo considerou
como preponderantemente pacífico o movimento pró-clima,
o qual afirmou que manifestantes foram detidos em local
e horário diferente dos incidentes registrados durante
a marcha que levou manifestantes do centro de Copenhague
até o Bella Center, local da COP 15.
A
polícia se defende afirmando que ao fazer tais prisões,
a intenção de impedir que a manifestação
fosse “devastada por pessoas com outra agenda além
da demonstração pacífica” foi
determinante para tal decisão. Autoridades locais
informaram ainda que houve outro incidente no bairro de
Christiania, no qual um grupo tentava incendiar 4 veículos.
Outras 55 pessoas acabaram presas. Segundo a polícia,
a maioria dos detidos já foi liberada, mas alguns
manifestantes serão formalmente acusados.
Na
noite de sábado, após a manifestação
foram colhidas informações em um evento com
manifestantes no bairro de Christiania, segundo os quais
novos protestos deverão ocorrer em Copenhague durante
a segunda semana da COP 15, que contará com mais
de cem chefes de estado.
Da
Redação
Com G1/Reuters