Polícia
liberta quase todos os manifestantes detidos após
passeata em Copenhague
13/12/2009
- Foram libertados quase todos os manifestantes que haviam
sido presos no último sábado (12), após
confrontos durante a passeata que reuniu cerca de 40 mil
pessoas em Copenhague. Segundo o site do "The Guardian",
dos 968 detidos, apenas 13 ainda estavam presos neste domingo.
Entre os que continuam detidos, dois dinamarqueses e um
francês devem comparecer a uma audiência, acusados
de agressão física a policiais. As detenções
foram feitas pela polícia de choque da Dinamarca
após alguns participantes da passeata depredarem
edifícios no centro da cidade.
A
líder da Climate Justice Action, Mel Evans, criticou
a ação da polícia. Segundo ela os detidos
foram mantidos por horas sem água, cuidados médicos
e sem poder usar banheiros. "As pessoas estavam muito
assustadas e tiveram que ficar cerca de quatro horas sentadas
no chão. Foram mantidas no frio e tiveram de urinar
nas próprias calças e de ficar em filas, como
animais", disse ela a um jornal, a rede BBC.
O
porta-voz da polícia, Henrik Moeller Jakobsen, afirmou
que alguns dos manifestantes estavam de máscaras
durante a manifestação, o que é proibido
na Dinamarca. Segundo a polícia, alguns manifestantes
estavam jogando pedras e, por esse motivo foram efetuadas
as prisões.
Manifestação
Uma
multidão se reuniu neste sábado em Copenhague
para exigir dos líderes mundiais um acordo mais ambicioso
para a proteção do clima, na COP 15. A passeata
ocorreu nas proximidades do Bella Center, centro de convenções
que sedia a conferência. "Não há
um planeta B" e "Mude a política, não
o clima" eram algumas das faixas exibidas por manifestantes.
Alguns ativistas estavam vestidos de urso polar e pinguins
com placas dizendo: "Salvem os humanos!" Um boneco
de neve inflável gigantesco foi usado para protestar
contra a ameaça causada pela queima de combustíveis
fósseis. Segundo o painel de cientistas do clima
da ONU as principais conseqüências serão
a desertificação, enchentes, ondas de calor
e elevação do nível do mar.
Conferência
Representantes
do Japão, União Europeia e Austrália
se uniram à delegação dos EUA para
criticar uma proposta de acordo global em que as nações
desenvolvidas deveriam reduzir suas emissões poluentes,
mas apenas com suporte financeiro. As nações
ricas querem cobrar o corte dessas emissões, mesmo
sem ajuda externa. A reunião ocorreu no interior
do Bella Center.
Da
Redação
Com Folha