Dilma
defende acordo do clima tímido em Copenhague
14/12/2009
– Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil, , defendeu
uma meta global de corte de 50% nas emissões de gases
do efeito estuga até 2050, em relação
aos números de 1990. Apesar de ser o número
mais tímido entre os três propostos (50%, 85%
e 95%), o anuncio já demonstra um avanço com
relação à ministra, que era contra
ao estabelecimento de qualquer valor que implicasse em um
compromisso dos países em desenvolvimento que viesse
depois a ser cobrado.
A
ministra enfatizou que cabe a países ricos a cota
maior e compulsória do corte de emissões e
do financiamento às nações em desenvolvimento
para lidarem com a mudança climática. Segundo
Dilma, a discussão entrou na pauta da reunião
entre ministros, onde ela defendeu a hipótese de
não haver acordo nenhum em Copenhague caso ele acabe
com a diferenciação de responsabilidades entre
países ricos e pobres definida pelo Protocolo de
Kyoto (1997).
Outro
ponto de divergência está atrelado à
indefinição com relação ao financiamento
para o combate a mudanças climáticas. A ONU
estima que em 2020, serão precisos US$ 150 bilhões
anuais para bancar as ações de adaptação
e mitigação no médio prazo.
Dilma
diz que o Brasil vê um número entre US$ 100
bilhões e US$ 500 bilhões. Os países
em desenvolvimento estão com receio, pois os desenvolvidos
não citam números e, com exceção
da União Europeia, não falam em financiamento
depois de 2013. Em vez disso, cobram aporte dos emergentes
- sobretudo da China e do Brasil (Índia e África
do Sul raramente são citados).
A
ministra defende que a discussão em Copenhague se
balize pelo PIB per capita e, em linha com a posição
tradicional do Brasil, considere o histórico de emissões.
Alguns países dizem que os emergentes, por estarem
entre os que mais contribuem hoje para o aumento dos gases-estufa,
deveriam fazer mais - o que Dilma classifica como um "escândalo".
Da
Redação
Com Folha
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