Lula
descarta taxar produtos de países ricos sem metas
de redução de gases
15
de Dezembro de 2009 - Yara Aquino - Repórter da Agência
Brasil - Brasília - O presidente Luiz Inácio
Lula da Silva rejeitou a ideia de elevar taxas de produtos
de países ricos que se recusarem a adotar metas de
redução de gás carbônico (CO2)
na 15ª Conferência das Nações Unidas
sobre Mudanças Climáticas, que ocorre em Copenhague,
na Dinamarca. Ele descartou a proposta ao responder à
pergunta de uma leitora na coluna semanal O Presidente Responde,
publicada hoje (15).
"Embora
os países desenvolvidos estejam resistindo a adotar
metas relevantes de redução da emissão
de CO2, o Brasil não pode apelar para instrumentos
comerciais ilegais. Nosso país deve respeitar os
compromissos assumidos na Organização Mundial
do Comércio. Elevar a tarifa sobre produtos provenientes
somente dos países desenvolvidos consistiria em medida
discriminatória", respondeu Lula à leitora
que sugeriu o aumento das taxas pelo governo brasileiro.
Lula,
que embarcou na manhã de hoje para Copenhague onde
participará da Conferência do Clima, lembrou
que o Brasil assumiu o compromisso voluntário de
reduzir as emissões de gases de efeito estufa entre
36,1% e 39,8% até 2020. Segundo ele, após
o Brasil divulgar a meta os Estados Unidos e a China também
apresentaram suas propostas de redução do
gás.
Até
sexta-feira (18), negociadores de mais de 190 países
terão a missão de chegar a um consenso sobre
o novo acordo climático para complementar o Protocolo
de Quioto depois de 2012.
A
delegação brasileira em Copenhague é
chefiada pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff,
e conta ainda com integrantes dos ministérios das
Relações Exteriores, do Meio Ambiente, da
Ciência e Tecnologia e da área econômica.
Do Agência Brasil
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