Negociação
em Copenhague está lenta demais, diz representante
da ONU
15
de Dezembro de 2009 - Da Agência Brasil - Brasília
- As negociações estão avançando
de forma muito lenta na Conferência das Nações
Unidas para o Clima em Copenhague, disse hoje (15) o chefe
da ONU para mudanças climáticas, Yvo de Boer.
"Atravessamos um momento muito distinto e importante.
Vimos, na última semana, progresso em várias
áreas, mas não o suficiente". As informações
são da BBC Brasil.
"Existe
ainda uma quantidade enorme de trabalho a ser feito se essa
conferência for apresentar os resultados que as pessoas
esperam."
Yvo
de Boer reconheceu que "leva tempo" chegar a um
acordo de 192 países incluindo ilhas do Pacífico
"que podem desaparecer sob o nível do mar",
produtores de petróleo "que temem por suas economias",
nações ricas “que não querem
perder empregos" e emergentes "que querem erradicar
a pobreza".
Ontem
(14), as negociações foram temporariamente
suspensas depois que representantes de países africanos
se retiraram em protesto contra o que chamaram de "abandono
das metas firmadas no acordo de Quioto”.
Os
africanos criticaram a organização da conferência
por, supostamente, se concentrar apenas nas negociações
para um novo acordo climático, em vez de trabalhar
paralelamente em uma extensão do protocolo.
Países
emergentes insistem que países desenvolvidos que
ratificaram o protocolo devem se comprometer com maiores
cortes de emissões dos gases que causam o efeito
estufa.
+
Mais
Lula
embarca para Copenhague em busca de acordo sobre o clima
15
de Dezembro de 2009 - Paula Laboissière - Repórter
da Agência Brasil - Brasília - O presidente
Luiz Inácio Lula da Silva embarcou hoje (15) para
Copenhague, na Dinamarca, onde participará da 15ª
Conferência das Nações Unidas sobre
Mudanças Climáticas (COP-15). Até a
próxima sexta-feira (18), negociadores de mais de
190 países terão a difícil missão
de chegar a um consenso sobre o novo acordo climático
para complementar o Protocolo de Quioto depois de 2012.
Chefiada
pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, a delegação
brasileira conta ainda com integrantes dos ministérios
das Relações Exteriores, do Meio Ambiente,
da Ciência e Tecnologia e da área econômica.
O Brasil chegou ao evento, iniciado na semana passada, com
o compromisso de reduzir as emissões de gases de
efeito estufa entre 36,1% e 39,8% até 2020.
O
país lidera o ranking de combate à mudança
climática divulgado ontem (14) pela organização
não governamental (ONG) Germanwatch e pela rede Climate
Action Network. Pela primeira vez desde que o indicador
começou a ser medido, um país emergente ocupa
a liderança, superando nações desenvolvidas
como a Suécia, a Alemanha e a Noruega.
Do Agência Brasil