Presidente
da conferência de Copenhague admite “muitos
obstáculos” nas negociações
15/12/2009
- A atitude do bloco africano, demonstrando indignação
quanto ao andamento das negociações causou
algum efeito à cúpula do clima. A reação
veio da presidente da COP15, a dinamarquesa Connie Hedegaard,
ao admitir nesta terça-feira (15) que "ainda
há muitos obstáculos" nas negociações,
que têm o objetivo de determinar um novo acordo para
a redução de emissões poluentes. Hedegaard
disse que as próximas 48 horas "serão
críticas" para que a reunião de Copenhague
"tenha êxito". Hedegaard rebateu as críticas
feitas por alguns países em desenvolvimento que acusaram
a Presidência de fomentar processos de discussão
"antidemocráticos" e "pouco transparentes",
por dirigir as negociações com um grupo de
50 ministros do Meio Ambiente.
O
dia seguiu com outras declarações, como a
do secretário-executivo da cúpula, Yvo de
Boer, o qual reconheceu que "leva tempo" estabelecer
um acordo entre 192 países, que incluem ilhas do
Pacífico "que podem desaparecer se o nível
do mar subir", produtores petrolíferos "que
temem por sua economia", nações ricas
"que não querem perder emprego" e emergentes
"que querem erradicar a pobreza".
Enquanto
isso, a presidente da COP-15 elogiou o trabalho desenvolvido
pelos ministros como "um bom passo adiante" no
processo de diálogo e acrescentou que a atitude taxativa
mostrada por muitas delegações dos países
em desenvolvimento diante da imprensa "não corresponde
com o espírito que reina" nas negociações.
"Vimos
progressos significativos nos últimos dias, mas não
é suficiente. Fica ainda um enorme terreno a cobrir
se quisermos alcançar um acordo ambicioso",
apontou De Boer, que pediu às delegações
"ideias inovadoras" que levem a um consenso.
De
Boer assumiu a responsabilidade pelo caos na organização
que a cúpula vive desde ontem, após a chegada
das delegações ministeriais.
Da
Redação
Com Folha/EFE
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