Brasil,
China e outros países se opõem a texto “saiu
do nada” em Copenhague
16/12/2009
- Em razão do atraso ocorrido nesta quarta-feira
(16) por alguns países representantes do grupo G77,
entre eles Brasil, China, Bolívia e Sudão,
sobre os discursos dos líderes políticos,
que protestaram contra a nova minuta dinamarquesa de acordo,
que consideram que "saiu do nada". A então
presidente da COP-15, ex-ministra do Meio Ambiente da Dinamarca,
Connie Hedegaard, comunicou que será apresentado
ainda hoje, pela Presidência dinamarquesa, nova minuta
contendo os resultados das duas negociações.
A
cúpula dos países reunidos na Dinamarca, formado
por 192 nações, buscam selar novo acordo que
substitua o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012, reduzindo
os gases de efeito estufa, além do financiamento
pelos países ricos para mitigação da
mudança climática nas nações
em desenvolvimento. A Presidência dinamarquesa sofreu
criticas por parte das delegações do Brasil,
China, Bolívia e Sudão, face imposição
de novo texto, após negociações ocorridas
durante toda a madrugada por 130 países para alcançar
tais acordos.
"Não
assinaremos nenhum texto saído do nada", disse
um delegado do Sudão.
"Ilegítimo"
O
chefe da delegação chinesa, Su Wei, disse
que essa medida "ilegítima e injustificada coloca
em risco" o sucesso da conferência.
"Todos
tínhamos a esperança de que poderíamos
seguir trabalhando sobre a base legítima dos textos
que tanto nos custou para definir", afirmou. Representantes
da delegação boliviana, afirmaram que o novo
texto dinamarquês, ainda à espera de ser apresentado
às partes, "não é o resultado
de um processo democrático, transparente, participativo
e includente".
Lars
Lokke Rasmussen, primeiro-ministro dinamarquês, solicitou
às delegações que evitassem recriminar
um texto que ainda não foi apresentado formalmente
e disse que a proposta dinamarquesa "reúne os
resultados" alcançados pelos dois grupos de
trabalho da cúpula.
Da
Redação
Com Folha/EFE