Proposta
de fundo global para o clima ganha força
16/12/2009
– Em um avanço nas negociações
da cúpula sobre mudança climática da
ONU, Noruega e México lançaram a proposta
conjunta de um Fundo Verde, alimentado por cofres do Estado
e um mercado público de crédito de carbono.
Em
entrevista à Folha, o negociador-chefe do México
e coautor da proposta de criação do fundo
em 2008, Fernando Tudela disse que "é preciso
mudar o paradigma de doações e receptores
como se fossem esmolas". Para ele, a contribuição
dos países em desenvolvimento é necessária
para assinalar a responsabilidade coletiva.
A
maioria dos países desenvolvidos é a favor
de financiamento climático interino de cerca de US$
30 bilhões entre 2010-2012 para ajudar os países
mais pobres. Porém, os países pobres alegam
que é necessário um investimento maior, e
afirmam que esse valor é insuficiente.
Entre
os três pré-candidatos à presidência
do Brasil, este assunto também é polêmico
e transformaram o impasse nas negociações
do clima numa prévia da disputa eleitoral.
De
um lado estão o governador José Serra (PSDB-SP)
e a senadora Marina Silva (PV-AC) que defendem que o Brasil
deve contribuír com US$ 1 bilhão para um fundo
de combate à mudança climática.
E
do outro está a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff,
que reagiu: "US$ 1 bilhão não faz nem
cosquinha". Para a chefe da delegação
brasileira na conferência, uma eventual contribuição
do Brasil a um fundo global não ajudaria a promover
acordo em Copenhague. "O que acho complicado é
que a gente faça só gesto", disse. "Não
vamos cair em propostas fáceis e pura e simplesmente
mercadológicas, estamos tratando de coisa séria."
Da
Redação
Com Folha
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