Brasil
e China tiveram conversa de ‘convergência’,
diz Dilma
17/12/09
- Após participar de reunião ao lado do presidente
Lula e o primeiro ministro chinês Wen Jiabao, nesta
quinta-feira (17), a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma
Rousseff, se mostrou otimista quanto ao diálogo dos
chefes de estado, a qual considerou "muito boa".
"Foi uma conversa de convergência porque tanto
nós como a delegação chinesa estamos
preocupados com o melhor resultado desta conferência,
para que tenha consequências que signifiquem concretamente
melhoria nas condições de vida do planeta".
A
ministra disse que tanto China quanto Brasil concordam que
deve haver uma meta para limitar o aumento da temperatura
a 2 graus Celsius acima da média da era pré-industrial
e que para isso já anunciaram ações
voluntárias para reduzir suas emissões. Segundo
Dilma, a posição dos países é
de aceitar que essas medidas de mitigação
sejam submetidas a controle internacional quando tiverem
financiamento de um fundo internacional a ser criado, mas
não deve permitir auditoria externa quando a verba
para a execução da ação for
nacional.
A
ministra ressaltou a posição do Brasil de
que se mantenha o Protocolo de Kyoto, único documento
internacional de cumprimento obrigatório a respeito
de mudanças climáticas, e seja criado um novo
tratado adicional. Os países em desenvolvimento têm
acusado os ricos de desejarem criar um novo acordo único,
deixando o tema sem um documento legalmente vinculante.
A ministra da Casa Civil, que chefia a delegação
brasileira na Conferência da ONU sobre Mudanças
Climáticas, apontou, em conjunto com o embaixador
Luiz Alberto Figueiredo Machado, negociador-chefe do país,
que há diversos pontos de um futuro acordo climático
com texto bem estruturado, entre eles o item sobre a proteção
de florestas e redução de desmatamento, adaptação
às mudanças climáticas em países
pobres, transferência de tecnologia, capacitação,
e criação de um registro das ações
mitigatórias (de redução de emissões
de carbono) nos países em desenvolvimento.
A
ministra lamentou ainda que o presidente dos EUA, Barack
Obama, só venha à COP 15 no último
dia, conforme confirmou por telefone ao presidente Lula,
já que importantes negociações estão
ocorrendo em Copenhague nesta quinta.
Da
Redação
Com G1