China
desmente ter desistido de acordo em Copenhague
17/12/09
- A COP 15, realizada em Copenhague desde o dia 7 termina
na sexta-feira (18), e a chance de um acordo parece cada
vez mais remota, devido a divergências entre países
ricos e pobres sobre quem deverá pagar a conta pelo
combate à mudança climática.
Após
causar comentários e repercussão negativa,
o embaixador chinês para questões climáticas
disse nesta quinta-feira (17) que não perdeu as esperanças
de que a conferência da ONU em Copenhague resulte
em um acordo sólido, e qualificou como "rumor"
a ideia de que outros representantes chineses teriam desistido
de uma solução. Yu Qingtai afirmou que Pequim
deseja um acordo que reflita todos os avanços ocorridos
em dois anos de negociações, além de
deixar espaço para avanços em questões
pendentes no ano que vem. "Não sei de onde veio
esse rumor, mas posso lhe assegurar que a delegação
chinesa veio a Copenhague com esperança e não
desistiu", disse Yu, acrescentando que tal empenho
inclui também o primeiro-ministro Wen Jiabao, que
chegou a Copenhague na noite de quarta-feira. "(A conferência
de) Copenhague é importante demais para fracassar."
Uma
fonte oficial de um governo ocidental havia dito que os
participantes chineses manifestaram sua descrença
na chance de um acordo, e que se contentariam com "uma
curta declaração política de algum
tipo". Yu disse que essa declaração é
parte de um esforço para culpar a China por um eventual
fracasso. "A China não está interessada
em se tornar parte dos esforços de algumas pessoas
que tentam culpar outros países por 'um fracasso'
em Copenhague", disse o diplomata chinês. "Acredito
que o que eles estão tentando fazer é encontrar
desculpas para o seu próprio papel obstrutivo e para
sua atitude nada construtiva em todo o processo." Segundo
Yu, a China espera que um acordo final, a ser definido por
cerca de 120 chefes de Estado e governo na sexta-feira,
mencione áreas em que houve avanços em Copenhague,
embora ele não tenha entrado em detalhes sobre a
forma exata disso.
No
passado, a China já declarou que está mais
preocupada com a substância do eventual acordo do
que com seu nome oficial. "(O acordo deve representar)
o terreno comum que temos e quaisquer progressos que tenhamos
conseguido obter nos últimos dois anos, para que
depois de Copenhague nós possamos começar
a fazer algo sobre a base que definimos," disse Yu.
Da
Redação
Com G1/Reuters
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