Conferência
de Copenhague caminha para a catástrofe, alerta Sarkozy
17/12/09
- O presidente francês, Nicolas Sarkozy declarou nesta
quinta-feira que a COP 15 está caminhando para um
desastre. "Temos que mudar de rumo, ou iremos direto
à catástrofe", disse Sarkozy na tribuna
da cúpula sobre o clima. "Temos menos de 24
horas, se continuarmos assim, vamos fracassar", insistiu.
"A conferência de Copenhague não pode
consistir em uma sucessão de discursos que não
se confrontam nunca. Não estamos aqui para um colóquio
sobre o aquecimento climático, estamos aqui para
tomar decisões", declarou. Sarkozy pediu a organização
de uma reunião na noite desta quinta-feira após
o jantar de gala oferecido aos líderes mundiais pela
rainha da Dinamarca, para "discutir seriamente"
e encontrar um texto de compromisso até sexta-feira.
"O
fracasso em Copenhague seria catastrófico, para cada
um de nós", ressaltou o presidente francês.
"Todos, teremos contas a prestar à opinião
pública mundial e à nossa opinião pública",
continuou. Sarkozy pediu que cada um assuma seu compromisso,
principalmente os países industrializados, entre
eles os da Europa, que devem reconhecer que, em termos de
poluição do planeta, sua responsabilidade
é maior e mais grave que a dos demais, e que portanto
seus comprometimentos devem ser mais fortes. "Os Estados
Unidos, primeira potência do mundo, devem ir além
dos compromissos que anunciaram", declarou.
Sarkozy
também defendeu um verdadeiro apoio aos países
mais pobres e mais vulneráveis à mudança
climática, considerando necessária a concessão
de uma ajuda imediata de US$ 10 bilhões para os três
próximos anos, e de US$ 100 bilhões no longo
prazo.
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou nesta quinta-feira
(17) em Berlim, que as notícias procedentes de Copenhague
"não são boas". Apesar dessa avaliação,
a chanceler alemã manifestou o desejo de que os mais
de 100 chefes de estado e de governo possam salvar as negociações
sobre o clima. "No momento, as negociações
não parecem promissoras, mas, com certeza, espero
que a presença de mais de 100 chefes de estado e
de governo dê o impulso necessário", afirmou.
"Muitas pessoas no mundo estão na expectativa
para ver se conseguimos chegar a uma solução."
Da
Redação
Com G1