Índia
afirma não aceitar acordo que sacrifique os pobres
17/12/2009
- O primeiro-ministro indiano Manmohan Singh afirmou antes
de viajar para a COP 15 que seu país não pode
aceitar um acordo sobre o aquecimento global que impeça
milhões de pessoas de sair da pobreza. O premiê
afirmou que espera "deliberações construtivas"
durante as discussões finais até o encerramento
do encontro, na sexta-feira (18), mas destacou que os países
desenvolvidos devem levar em consideração
as inquietações das nações mais
pobres em relação ao impacto de um acordo
sobre o crescimento econômico. "Não se
pode enfrentar o aquecimento global tornando perpétua
a pobreza dos países emergentes", declarou.
Para
o governo do país com 1,1 bilhão de habitantes,
os países ricos são historicamente responsáveis
pelo aquecimento global e devem financiar os esforços
dos países em desenvolvimento. Poucos dias antes
da conferência, a Índia propôs reduzir
sua intensidade de carbono - (CO2) emitido por cada unidade
do PIB (Produto Interno Bruto) - entre 20% a 25% até
2020 em relação a 2005. Ainda assim, "as
emissões crescerão", disse Jairam Ramesh,
ministro do Meio Ambiente da Índia. Além disso,
o país, um dos mais poluentes do planeta, rejeitou
qualquer compromisso vinculante de redução
das emissões carbônicas.
Da
Redação
Com Folha/France Presse
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