Minc
defende emprego verde em painel do Pnuma
17/12/2009
- Ronie Lima - Em palestra no painel Economia Verde: Implementando
um Novo Acordo Climático, promovido na COP15 pelo
Pnuma e pela OIT (Organização Internacional
do Trabalho), em Copenhague (Dinamarca), o ministro do Meio
Ambiente, Carlos Minc, disse que graças à
perspectiva de criação de empregos verdes
o Governo Federal foi convencido a "estabelecer metas
ousadas" de redução de CO² até
2020, entre 36,1% e 39%.
Segundo
Minc, "a maior parte" do governo temia que o estabelecimento
de "metas mais ousadas" implicaria "no sacrifício
das pessoas e de empregos". No entanto, continuou o
ministro, "mostramos que seriam criados milhões
de empregos verdes na indústria e na agricultura".
Um
dos eventos paralelos às discussões oficiais
da COP15, o painel foi presidido pelo diretor-executivo
do Pnuma, Achim Steiner, que elogiou o empenho brasileiro
na criação dos chamados empregos verdes. Em
sua fala, o ministro do Meio Ambiente deu alguns exemplos
de setores que irão empregar mais gente, fazendo
com que "as metas ousadas de redução
das emissões" de gases-estufa sejam atingidas.
Na
agricultura, com o emprego de técnicas de plantio
direto, "você cria mais empregos, emitindo menos".
Ao garantir preços mínimos para dez produtos
extrativistas da Floresta Amazônica, como o babaçu
e a borracha, o governo está incentivando a criação
de empregos no setor. Com o chamado "aço verde",
produzido a partir de carvão vegetal oriundo do plantio
econômico de árvores, também serão
criados mais empregos, reforçando-se a preservação
das florestas nativas brasileiras.
O
ministro deu ainda o exemplo de recente leilão de
energia eólica, promovido pelo governo, para a produção
de 1.800 MW de energia, que implicará na triplicação
da capacidade de produção de eólica,
criando-se também mais empregos.
Ao
ouvir as falas de Minc e de outros ministros ambientais
convidados para o painel, Steiner lembrou que os empregos
verdes estão crescendo em todo o mundo e que, atualmente,
não existe "propriamente uma questão
de criar uma economia verde, mas sim de torná-la
visível".
Do MMA