Na
COP-15, Lula defende preservação de Quioto
e cobra compromissos dos países ricos
17
de Dezembro de 2009 - Paula Laboissière - Repórter
da Agência Brasil - Brasília - Durante discurso
na 15ª Conferência das Nações Unidas
sobre Mudanças Climáticas (COP-15), o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender hoje
(17) a preservação do Protocolo de Quioto
e cobrou que países ricos assumam compromissos para
um acordo em Copenhague (Dinamarca).
"Aqui
em Copenhague não há lugar para conformismo.
Os países desenvolvidos devem assumir metas ambiciosas
de redução de emissões à altura
de suas responsabilidades históricas e do desafio
que enfrentamos", disse.
“A
hora de agir é essa. O veredicto da história
não poupará os que faltarem com suas responsabilidades
neste momento”, acrescentou. Lula lamentou que os
países com menos responsabilidades pelas emissões
de gases de efeito estufa sejam as principais vítimas
das alterações climáticas.
Ele
lembrou que o Protocolo de Quioto estabelece a obrigatoriedade
de financiamento aos países pobres e em desenvolvimento
para a execução de projetos na área.
Segundo o presidente, será muito difícil reforçar
a capacidade de adaptação de nações
mais vulneráveis sem um fluxo financeiro como “forte
componente”.
"Mecanismos
de mercado podem ser muito úteis, mas nunca terão
a magnitude ou a previsibilidade que realmente queremos",
afirmou o presidente. "Essa conferência não
é um jogo em que se podem esconder cartas na manga.
Se ficarmos à espera do lance de nossos parceiros,
podemos descobrir que é tarde demais. Todos seremos
perdedores", completou. Ele destacou que “a fragilidade
de alguns não pode servir de pretexto para o recuo
de outros”.
Segundo
o presidente, não é “politicamente racional”
ou “moralmente justificável” que países
ricos coloquem interesses corporativos e setoriais acima
do bem comum da humanidade.
+
Mais
Negociações
para acordo sobre clima não são promissoras,
diz chanceler alemã
17
de Dezembro de 2009 - Da Agência Brasil - Brasília
- Na véspera do encerramento da 15ª Conferência
das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas
(COP-15), a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou
hoje (17) que as novidades em Copenhague não são
boas. Segundo ela, as negociações para um
acordo global não parecem promissoras. As informações
são da agência portuguesa Lusa.
A
chanceler disse esperar que a presença de mais de
100 chefes de Estado dê o impulso necessário
ao evento. Para ela, a conferência será uma
espécie de teste para mostrar se os países
vão conseguir mudar o rumo do desenvolvimento mundial.
Até
amanhã (18), negociadores de mais de 190 países
têm a difícil missão de chegar a um
consenso sobre o novo acordo climático para complementar
o Protocolo de Quioto depois de 2012.
Da Agência Brasil