UE
quer que Estados Unidos aumentem meta de redução
de CO2
17/12/2009
- O mundo sabe que qualquer acordo ou determinação
referente à COP 15 deve ter a participação
direta dos Estados Unidos. A discreta presença americana
acaba gerando o clima de que nada será realizado,
de fato, com relação a metas objetivas de
redução de gases de efeito estufa. Por isso,
representantes do restante do mundo sabem que é necessário
uma certa pressão pela postura mais clara dos Estados
Unidos, sobretudo do presidente Barack Obama, esperado como
a possibilidade de resultados concretos para a Conferência,
o que até o momento, não se vislumbrou.
O
presidente da Comissão Europeia (Poder Executivo
da União Europeia), José Manuel Barroso, disse
na quinta-feira (17) que os Estados Unidos deveriam elevar
na conferência de Copenhague a sua meta de redução
de emissões de gases-estufa. "Realmente espero
que eles anunciem mais", disse o português a
jornalistas. "O presidente Obama não está
vindo só para reiterar o que está no projeto
de lei deles", afirmou, referindo-se ao projeto que
tramita no Congresso dos EUA com metas para a limitação
das emissões.
A conferência de Copenhague, que termina na sexta-feira,
pode fracassar devido às discordâncias entre
países ricos e pobres sobre quem pagará a
conta do combate à mudança climática.
Para
tentar superar o impasse, a secretária norte-americana
de Estado, Hillary Clinton, disse que os EUA ajudarão
a angariar US$ 100 bilhões de dólares por
ano até 2020 para um fundo climático destinado
aos países pobres. Mas ela não fez nenhuma
oferta adicional no que diz respeito às emissões.
Ou seja, o fundo seria uma compensação para
continuar emitindo gases de efeito estufa e automaticamente,
manter elevados os níveis de produção,
o que não poderia ser diferente em se tratando da
maior potência mundial.
Os EUA até agora se comprometem a uma redução
de emissões de 17% até 2020, em comparação
aos níveis de 1990. Isso equivale a 3% a menos do
que os níveis de 1990, data-base usada pela ONU.
Barroso disse que conversas com outros líderes lhe
deixaram confiante de que os países ricos aceitarão
dar US$ 10 bilhões por ano aos países pobres
no período 2010-12. Esse dinheiro ajudará
as nações em desenvolvimento a se adaptar
às mudanças climáticas e reduzir suas
emissões.
A
União Europeia já prometeu cerca de US$ 3,5
bilhões por ano no período 2010-12, e o Japão
disse na quarta-feira que irá elevar sua oferta para
cerca de US$ 5 bilhões por ano, incluindo financiamento
público e privado.
Da
Redação
Com Folha/Reuters