Acordo
climático não saíra com meias palavras
e barganhas
"O
mundo não chegará a um acordo climático
com meias palavras e barganhas, sem um compromisso forte
com metas de redução de emissões de
CO2 e a garantia do direito das nações mais
pobres de se desenvolverem", ressaltou o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva durante a plenária
final da 15a. Conferência da ONU sobre Clima (COP
15), nesta sexta-feira, 18 de dezembro.
Em
discurso improvisado, o presidente disse que está
“um pouco frustrado” com o rumo das negociações
para um acordo global em Copenhague até o momento
e que somente um milagre mudaria essa situação.
A mesmo tempo em que destacou um possível resultado
tímido da conferência da ONU sobre clima, o
presidente brasileiro anunciou que o Brasil poderá
contribuir para um fundo internacional que financie medidas
para a redução de gases de efeito estufa em
países pobres. “Se for necessário o
Brasil fazer um sacrifício a mais, estamos dispostos
a participar do financiamento”,afirmou.
Segundo
Luiz Inácio Lula da Silva, é preciso garantir
o direito dos países mais pobres se desenvolverem
e protegerem o meio ambiente. Disse ainda que o dinheiro
colocado na mesa de negociações pelos países
desenvolvidos não é favor nem esmola. "O
dinheiro que colocam na mesa é pagamento pela emissão
de gases do efeito estufa feita durante dois séculos
por quem teve o privilégio de se industrializar primeiro".
O
presidente Lula também destacou que o Brasil foi
ousado em estabelecer metas voluntárias e dar o exemplo
de comprometimento com o combate às alterações
do clima. "Pensando em contribuir para a discussão
nessa conferência, o Brasil teve uma posição
muito ousada", disse. "Apresentamos nossas metas
até 2020, assumimos um compromisso e aprovamos no
Congresso Nacional transformando em lei que até 2020
que o Brasil reduzirá as emissões de gases
do efeito estufa entre 36,1% e 38,9%", acrescentou.
Da MMA
|