Conferência
do Clima pode estar próxima de acordo pouco ambicioso
18
de Dezembro de 2009 - Da Agência Brasil - Brasília
- Uma ofensiva diplomática de última hora
busca viabilizar um acordo na 15ª Conferência
das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas,
que termina hoje (18) em Copenhague (Dinamarca). As informações
são da BBC Brasil.
Os
primeiros passos foram dados ontem (17), com a menção,
feita pela primeira vez pelos Estados Unidos, de financiamentos
de longo prazo para países em desenvolvimento combaterem
as mudanças climáticas.
Paralelamente,
a China teria cedido no sentido de aceitar reformas no sistema
de controle de emissões do país, mantendo-o,
entretanto, sob controle nacional. O vice-ministro do Exterior
chinês, He Yafei, disse que o país está
disposto a dialogar e cooperar desde que isso não
leve à intromissão em assuntos internos e
não infrinja a soberania.
Os
presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy
(França), líderes de duas das delegações
mais influentes do encontro, se reuniram para tentar acertar
os ponteiros.
Entretanto,
um documento vazado para a imprensa ontem indica que, ainda
que se chegue a um acordo, ele não deverá
ser ambicioso o suficiente para manter a temperatura do
planeta abaixo dos 2 graus Celsius (ºC), como recomenda
o Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas
(IPCC, na sigla em inglês).
O
relatório, do dia 15 de dezembro, soma todas as metas
de redução de emissão apresentadas
até o momento e conclui que elas não conseguiriam
tirar o planeta da rota do aquecimento global, que poderia
chegar a 3ºC. A concentração de gases
de efeito estufa na atmosfera ficaria em cerca de 550 partes
por milhão (ppm) – bem acima das 450 ppm recomendadas
pelo IPCC.
O
documento, baseado em diversos estudos publicados recentemente,
afirma que seria preciso manter as emissões em no
máximo 44 gigatoneladas de gases de efeito estufa
até 2020. Mas as propostas existentes ficam entre
1,9 gigatoneladas e 4,8 gigatoneladas acima desse nível.
O
texto diz que, para alcançar esse patamar, também
seriam necessárias reduções agregadas
dos países industrializados de 30% em relação
aos níveis de 1990, entre outras medidas.
Da Agência Brasil