Líderes
podem desistir de prazo de 2010 para acordo do clima
18/12/09 - Um texto
preliminar abandonou as expectativas para um tratado sobre
o clima legalmente vinculante até o ano que vem,
num sinal de que as divisões permanecem. O fracasso
da China e dos EUA, os principais emissores mundiais, em
apresentar novas propostas restringiu ainda mais as conversações
nesta sexta-feira. Alguns participantes das negociações
ocorridas na conferência afirmaram que negociariam
o tempo que fosse necessário.
O presidente dos
EUA, Barack Obama, e outros líderes, incluindo o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, participaram
do dia final das conversações lideradas pela
Organização das Nações Unidas
(ONU) para tentar pôr fim ao impasse causado por divergências
sobre o timing e a extensão dos cortes de emissões
- e sobre a divisão internacional dos cortes e do
dinheiro para financiá-los.
Um novo texto preliminar
obtido pela Reuters nesta sexta-feira diz que o mundo deveria
ter como objetivo cortar à metade as emissões
de gás-estufa até 2050 a partir dos níveis
de 1990, com os países ricos cortando suas emissões
em 80%. É a mesma diretriz negociada na madrugada
de hoje, em reunião convocada pelo presidente francês
Nicolas Sarkozy e por Lula .
Numa concessão
aos países em desenvolvimento e aos pequenos estados
insulares vulneráveis à mudança climática,
o documento alerta que um aumento nas temperaturas mundiais
deveria ser limitado a 2°C acima da época pré-industrial,
com uma revisão em 2016 que também consideraria
um limite mais rigoroso de 1,5°C.
O ministro do Meio
Ambiente da Suécia (atual presidente da União
Europeia), Andreas Calgren, disse que os EUA e a China têm
a chave para um acordo. Os EUA chegaram muito tarde à
mesa de negociações com comprometimentos para
combater a mudança climática, disse ele. A
resistência da China ao monitoramento é um
sério obstáculo.
Da Redação
Com G1/Reuters
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