Lula
se diz frustrado e oferece ajuda para fundo climático
de US$ 100 bi
18/12/2009
– Em seu discurso no último dia da Conferência
da ONU sobre Mudança Climática o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em Copenhague que
está frustrado com a falta de um acordo pela redução
de emissão de gases do efeito estufa. Lula também
disse que o Brasil está disposto a oferecer ajuda
ao fundo global de US$ 100 bilhões para ajuda aos
países pobres.
Os
Estados Unidos se propuseram a colaborar com financiamento
o fundo que deve ajudar os países pobres a lidar
com a mudança climática, mas condicionou a
contribuição a uma "transparência"
dos países envolvidos.
Em
resposta a esta oferta americana Lula alertou "Os países
têm direito de exigir transparência, exigir
o cumprimento da política financiada. Mas precisamos
tomar cuidado com esta intrusão nos países
em desenvolvimento, nos países mais pobres. A experiência
que temos como o Fundo Monetário Internacional e
o Banco Mundial nos nossos países, não é
recomendável que continue a acontecer no século
21".
Lula
falou ainda das metas brasileiras para combater o aquecimento
global e reiterou que, até 2020, o Brasil vai reduzir
as emissões de gases do efeito estufa entre 36,1%
e 38,9% em referência ao que manteria sem nenhuma
política ambientalista. E afirmou que essas mudanças
serão consequência de mudanças consideradas
"importantes para o Brasil": a mudança
no sistema de agricultura, no sistema siderúrgico
e o aprimoramento da matriz energética "que
já é uma das mais limpas do mundo".
"E
assumimos ainda o compromisso de reduzir o desmatamento
da Amazônia em 80% até 2020. E fizemos isso,
construindo uma engenharia econômica que obrigará
um país em desenvolvimento com muitas dificuldades
econômicas a gastar, até 2020, US$ 166 bilhões",
afirmou Lula.
"Não
é uma tarefa fácil, mas foi necessário
tomar estas medidas para mostrar ao mundo que com meias
palavras e barganhas, a gente não encontraria solução
nesta conferência de Copenhague", afirmou.
Da
Redação
Com Folha/EFE